O Colégio de São Fiel, localizado na aldeia de Louriçal do Campo, em Castelo Branco, foi um dos prédios largamente afectados pelo incêndio de 15 de Agosto do ano passado, que devastou uma boa parte dos seus 14 mil m2, e a secretaria de Estado do Turismo acredita que "o facto de o imóvel ter ardido implica um investimento mais avultado para voltar a ficar operacional", o que terá demovido potenciais candidatos.
O governo está agora "a estudar alternativas com a Câmara Municipal de Castelo Branco", tentado dar nova vida àquele que já foi um orfanato e, mais tarde, uma escola dos Jesuítas, que o transformaram num dos melhores estabelecimentos de ensino em Portugal.
O prazo de entrega de propostas para a exploração do Convento de Santa Clara, na margem do rio Ave, em Vila do Conde, terminou na segunda-feira e foram recebidas duas candidaturas, agora em avaliação. Ainda este mês serão lançados três novos concursos: Casa de Marrocos, em Idanha-a-Nova, Convento de São Francisco, em Portalegre, e Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria.
Desde o início do programa, que tem como objectivo recuperar e valorizar património histórico no território nacional actualmente praticamente ao abandono, foram lançados sete concursos, quatro com êxito. O Convento de São Paulo, em Elvas, foi adjudicado ao grupo Vila Galé – a abertura está prevista para 2019 -, tal como a Coudelaria de Alter, onde serão investidos 8 milhões de euros. Os Pavilhões do Parque D. Carlos, nas Caldas da Rainha, foram entregues aos grupo Montebelo e o Hotel Turismo da Guarda ficou com o agrupamento MRG.
Além do Colégio de São Fiel, que ficou deserto, a Quinta do Paço de Valverde, em Évora, também não teve procura e "o concurso será relançado brevemente", adianta a secretaria de Estado do Turismo ao SAPO24.
Até ao final do ano o Turismo de Portugal prevê lançar 12 concursos, para um total dos 33 imóveis que fazem parte do programa – incluindo os já mencionados. Apesar de ainda ser cedo para balanços, o Turismo de Portugal "está a trabalhar com Marrocos, São Tomé e Príncipe e Moçambique para exportar o modelo Revive".
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