De acordo com o The Guardian, a empresa viu recusada a renovação da sua licença de operação em Londres pelo regulador.

A medida irá afetar mais de 40 mil condutores, escreve a Reuters.

De acordo com o regulador, a Uber "demonstra falta de responsabilidade corporativa em relação a vários temas que têm impacto potencial ao nível da segurança pública".

Sadiq Khan, mayor de Londres, já reagiu dizendo que "apoia" a decisão. "Todas as empresas em Londres têm de cumprir as regras, particularmente no que concerne a segurança dos clientes. Não se pode oferecer um serviço inovador à custa da segurança dos clientes", disse, citado pela BBC.

Neste sentido, a Uber só tem licença para operar na cidade britânica até 30 de setembro.

A empresa tem 21 dias para contestar a decisão.

Tal como em Portugal, a Uber foi alvo em Londres de grande contestação por parte dos taxistas.

A Uber, que está em Portugal desde julho de 2014, é uma plataforma ‘online’ que permite pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação.

A sua atividade - bem como a da Cabify, que se instalou no país mais recentemente - tem sido muito contestada pelos taxistas, que acusam os operadores ligados a estas plataformas de não cumprirem os mesmos requisitos formais do que os táxis para trabalhar.

O Governo apresentou em meados de março um projeto de lei para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, a que se juntaram propostas distintas do PCP, do BE e do PSD, que estão em análise na especialidade na comissão de Economia, Obras Públicas e Inovação.

Segundo a Uber, a aplicação chegou perto de um milhão de ‘downloads’ desde que começou a operar em Portugal e são mais de três mil os motoristas ativos na plataforma.

(Notícia atualizada às 11h38)