O Comité Económico e Social Europeu (CESE) apelou hoje aos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) que adotem medidas para combater a pobreza energética e proteger os cidadãos mais vulneráveis.

Num texto adotado na terceira conferência anual sobre pobreza energética do CESE, é destacado que “aproximadamente 42 milhões de pessoas – 9,3% dos cidadãos da UE – não conseguiram manter as suas casas adequadamente quentes em 2022”.

O comité propõe que os 27 adotem medidas para, nomeadamente, estabelecer mecanismos de controlo da inflação e reformar o mercado de eletricidade.

A redução do consumo energético, um maior investimento nas renováveis e a melhoria da eficiência energética das casas estão também entre as recomendações do CESE.

Citando dados do Eurostat, o Comité Económico e Social Europeu assinala que a situação se agravou no ano passado face a 2020 e 2021, quando a pobreza energética afetou, respetivamente, 8,0% e 6,9% da população europeia, indicando como causas a subida dos preços da energia para máximos históricos no segundo semestre de 2021, agravada pela da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

O CESE destaca ainda a necessidade de reduzir o consumo de energia e acelerar a transição para a infraestrutura renovável, de modo a reduzir a dependência energética da UE.