A empresa, com sede em Chicago, apresentou na quarta-feira lucros de 329 milhões de dólares (322,8 milhões de euros), comparados com prejuízos de 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) no primeiro trimestre.
A United Airlines teve receitas de 12,1 mil milhões de dólares (11,9 mil milhões de euros), o valor mais elevado de sempre para a companhia aérea num segundo trimestre, 9% acima do registado antes da pandemia de covid-19.
A empresa continua a fazer menos 15% dos voos que operava antes da pandemia e disse que irá manter os níveis atuais em vez de crescer cerca de 10% na segunda metade do ano, como tinha previsto originalmente.
O presidente executivo da United Airlines, Scott Kirby, culpou a falta de pessoal nos aeroportos, incluindo Heathrow em Londres e Newark em Nova Jersey, e a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) norte-americana, que lida com o controlo do tráfego aéreo.
“Dissemos a Heathrow quantos clientes teríamos (…) eles não contrataram pessoal para isso” porque não acreditaram, disse Kirby à televisão norte-americana CNBC.
“Estamos a ser forçados a cancelar voos porque Heathrow não pode receber os voos”, acrescentou.
A United Airlines anunciou recentemente que cortará cerca de 50 voos por dia no aeroporto de Newark, depois de semanas de inúmeros cancelamentos e atrasos.
Kirby disse que os viajantes podem encontrar menos lugares disponíveis do que esperavam nos próximos feriados nos Estados Unidos.
O executivo afirmou que poderá demorar até ao próximo verão para que o sistema de aviação esteja totalmente equipado e capaz de lidar com o número de pessoas que desejam viajar.
A FAA disse em comunicado que “os dados relatados pelas companhias aéreas mostram que a grande maioria dos atrasos nos voos não está relacionada com o controlo de tráfego aéreo”.
As ações da United Airlines caíram cerca de 7% nas transações eletrónicas posteriores ao encerramento da bolsa, devido ao relatório apresentado.
A companhia aérea inaugurou, em maio, ligações semanais entre Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Ponta Delgada, em São Miguel, nos Açores, estando previstas 114 rotações até final de setembro.
De acordo com a Associação Turismo dos Açores (ATA), a operação resulta de uma parceria entre a associação, a ANA Aeroportos e o Turismo de Portugal, em articulação com o Governo dos Açores, com o objetivo da “consolidação das acessibilidades aéreas ao arquipélago”, visando a retoma turística.
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