Os resultados definitivos da sessão mostram que os três índices – o seletivo Dow Jones Industrial Average, o tecnológico Nasdaq e o alargado S&P 500 – tiveram valorizações mínimas, mas o suficiente para atingirem níveis inéditos.

Assim, o Dow Jones ganhou 0,09% (19,97 pontos), para as 22.661,64 unidades, o Nasdaq 0,04% (2,91), para os 6.534,63 pontos, e o S&P500 0,12% (3,16), para os 2.537,74.

“Estes níveis de valorização refletem a melhoria da economia mundial, designadamente na Europa”, afirmou Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

“Há apenas um ano dizia-se que a Europa iria ser o novo Japão, com décadas sem crescimento. Ora, por fim, a confiança está em níveis máximos e produção industrial recupera e o desemprego baixa, por fim”, acrescentou Ogg, notando ainda que há melhorias nas economias japonesa, chinesa e brasileira.

O Dow Jones registou a sexta sessão consecutiva a subir, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 terminaram em alta pela sétima sessão consecutiva.

A bolsa nova-iorquina foi ainda apoiada hoje pela publicação do indicador de atividade nos serviços nos EUA em setembro, que saiu bem acima das antecipações.

O valor deste índice dos diretores de compras da associação profissional ISM foi de 59,8%.

Um índice industrial que atingiu o máximo desde maio de 2004 e vendas de automóveis novos mais elevadas do que o previsto em setembro reforçaram o otimismo dos investidores.

“Estas boas estatísticas estão sobretudo ligadas às consequências dos furacões. Os números em alta dos automóveis são compras de substituição depois das destruições. O mesmo para o índice industrial, que beneficia com as reconstruções. Isto não significa uma evolução mágica da economia”, temperou Phil Davis, da PSW Investment.

O índice Russell 2000 que junta as pequenas e médias capitalizações terminou contudo em terreno negativo, com uma perda de 0,28%.

Mas, salientou Adam Sarhan de 50 Park Investment, “desde meados de agosto, o Russell valorizou 12%”.

Este índice tem sido apoiado pela perspetiva de concretização do plano de redução de impostos sobre as empresas, apresentado na semana passada pelo governo de Donald Trump.