Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 4,89%, para os 25.018,16 pontos.

Um pouco mais fortes foram os ganhos dos outros índices emblemáticos, com o tecnológico Nasdaq a avançar 4,96%, para as 8.344,25 unidades, e o alargado S&P500 a progredir 4,94%, para as 2.882,23.

Apesar desta nítida subida no final, os índices nova-iorquinos evoluíram em altos e baixos, qual carrossel, ao abrirem em forte alta, evoluírem em baixa e acabarem em forte alta.

Para Karl Haeling, da LBBW, “isto reflete o elevado nível de incerteza no mercado”.

“Não é preciso muito para os investidores entrarem em pânico ou, pelo contrário, se entusiasmarem”, adiantou.

Na segunda-feira, a praça nova-iorquina teve uma queda brutal, com os investidores em pânico após a queda na vertical dos preços do petróleo, que desvalorizou cerca de 25%, bem como pela propagação mundial do novo coronavírus e dos seus efeitos económicos.

Estes receios estavam longe de dissipados, porque “ninguém sabe até que ponto o volume de negócios das empresas vai ser afetado”, explicou Haeling.

Mas os investidores pareceram de algum modo mais tranquilizados pelas perspetivas de apoio económico mencionadas pela Casa Branca.

Segundo a estação de informação financeira CNBC, o Presidente norte-americano, Donald Trump, teria proposto hoje a supressão dos impostos e das contribuições sociais até ao final do ano, durante uma reunião com congressistas republicanos.

“Há o sentimento que quanto mais o vírus se agravar, mais fortes vão ser as medidas de apoio”, adiantou Haeling.

Trump voltou a insistir com a Reserva Federal para que reduza as taxas de juro, qualificando na rede social Twitter os dirigentes do banco central como “patéticos” e “retardados”.

A instituição deve ter a sua próxima reunião sobre política monetária na semana que vem. Os investidores antecipam uma nova descida das taxas de juro, depois da baixa surpreendente de meio ponto percentual anunciada na última terça-feira, dia 03.