
"Até agora, o ACNUR não recebeu informações confirmadas da chegada de refugiados sudaneses a países vizinhos além do Chade (ou seja, Sudão do Sul, Etiópia, Egito, República Centro-Africana, Líbia e Eritreia). No entanto, estão a ser atualizados planos de preparação que serão ativados caso seja necessário", afirmou a porta-voz da agência da ONU no Egito, Christine Beshay.
No Egito, país situado a norte do Sudão e um dos possíveis destinos dos que fogem do conflito iniciado no passado dia 15, foram estabelecidos contactos com outros organismos humanitários para garantir o apoio coordenado a pessoas que possam necessitar, indicou.
Beshay referiu que o ACNUR exorta "todos os países vizinhos a manterem as suas fronteiras abertas para os que necessitem de proteção internacional".
Segundo a representante do ACNUR no Chade, Laura Lo Castro, entre 10.000 e 20.000 refugiados do Sudão chegaram ao Chade desde o início dos combates entre o exército sudanês e paramilitares das Forças de Apoio Rápido, há uma semana.
O Chade já acolhe mais de 600.000 refugiados, incluindo 400.000 provenientes do Sudão, de acordo com os últimos dados do ACNUR.
O Sudão tem cerca de 1,1 milhão de refugiados, uma das maiores populações de refugiados de África, sendo 800.000 oriundos do Sudão do Sul e 126.000 refugiados da Eritreia, segundo números da ONU.
O país tem também mais de três milhões de deslocados internos, a maioria na região de Darfur, que vive uma situação de instabilidade há quase 20 anos.
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Lusa/fim
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