Num comunicado, a UM disse que o programa inclui, durante as manhãs, cursos de língua portuguesa e cursos temáticos, que totalizam 15 horas, em áreas como literatura, história, relações internacionais e tradução.

De tarde, os alunos podem participar em clubes dedicados a expressões artísticas associadas aos países lusófonos, como dança, música, poesia e linguagem cinética, gastronomia, cultura macaense e enologia.

Os cursos de língua, com duração entre 45 e 60 horas, estão organizados em quatro níveis: iniciação, básico, intermédio e avançado, complementados com sessões de estudo autónomo orientado pelos professores.

Além de ajudar a desenvolver as competências linguística e sociolinguística dos alunos, a UM sublinhou que o curso de verão quer ainda reforçar a "consciência intercultural" dos participantes.

A edição de 2022 atraiu "centenas de estudantes, sobretudo da Ásia, nomeadamente Vietname, Camboja, Timor-Leste, Tailândia", disse à Lusa o diretor do departamento de Português da Faculdade de Letras da UM, João Veloso.

As últimas três edições do curso de verão, organizado pelo departamento de Português da UM, decorreram à distância, devido às restrições à entrada em Macau durante a pandemia de covid-19.

A UM sublinhou hoje que o curso de verão de língua portuguesa, cujas inscrições estão abertas até 18 de junho, faz parte dos programas de formação de "talentos bilingues" da instituição.

O Governo de Macau tem defendido publicamente a formação de quadros com conhecimento de chinês e de português como uma prioridade.

Apesar de o português e o chinês serem línguas oficiais -- e toda a máquina administrativa de Macau funcionar nos dois idiomas -- são poucos os residentes que dominam as duas línguas. Além disso, nas ruas, nas lojas e nas escolas o cantonês sempre foi a língua maioritária, apesar da crescente presença do mandarim.

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