"Também detetámos esse sismo de Marrocos minutos depois", disse à Lusa o coordenador da área de geofísica do Inamet, Francisco Cahanga, explicando que a instituição tem atualmente uma rede equipada com aparelhos de última geração, que facilmente detetam ocorrência sísmica a nível nacional ou internacional.

"Neste momento, a rede está modernizada, com equipamentos de última geração, e é isto que está a acontecer, qualquer sismo que ocorrer a nível nacional, de baixa ou alta intensidade são detetados, e a nível mundial também", assegurou.

Angola registou, nas duas últimas semanas, ocorrências sísmicas nas províncias do Bié, Huambo e Cuando-Cubango, detetadas por equipamentos de ponta, em funcionamento há cerca de três meses.

Angola não tem histórico de ocorrência de sismos de grande escala, apesar de ter províncias propensas a pequenas ocorrências.

"É só olharmos para o Cuanza Sul e Benguela, com aquelas cadeias montanhosas, para perceber que no passado, naquelas zonas montanhosas, houve sismo", frisou.

Sobre a possibilidade de sismos de maior intensidade, o responsável referiu que "os fenómenos são dinâmicos".

"Posso dizer algo hoje e amanhã acontece, mas o nosso historial não mostra ocorrência de sismos de grande magnitude, tivemos um 5,2 recentemente no Bié e Huambo, no ano passado tivemos um de 6 no Cuanza Sul, portanto não posso dizer que sim ou não, os fenómenos são dinâmicos", disse.

DYAS // VM

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