![Carolina Serrão acusa Moedas de](/assets/img/blank.png)
"Face à catástrofe de Carlos Moedas nós temos de ter coragem para enfrentar a especulação imobiliária e parar a turistificação e é esse o desafio que nós deixamos ao Partido Socialista, ao PCP, ao Livre e aos movimentos sociais da cidade, para vencer este passado é preciso convergência e é preciso coragem", apelou Carolina Serrão.
A candidata falava no almoço de lançamento da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa (CML), na capital, que contou com a presença da coordenadora nacional, Mariana Mortágua, e de figuras do partido como o ex-líder Francisco Louçã.
Apesar desta candidatura, os bloquistas ainda deixam em aberto a possibilidade de uma coligação pré-eleitoral com forças à esquerda, como PS, Livre e PAN. A CDU, já anunciou que o seu candidato será o vereador e ex-eurodeputado João Ferreira (PCP), tendo-se distanciado desta eventual aliança.
Numa intervenção de cerca de 15 minutos, Carolina Serrão lançou duras críticas ao atual presidente da câmara, Carlos Moedas, afirmando que o social-democrata "falhou em tudo".
Uma das áreas nas quais o BE considera que Moedas falhou -- e que é das mais importantes numa eventual coligação à esquerda -- foi na luta contra a crise da habitação, afirmando que desde o início do seu mandato "o preço das casas aumentou 16% e as rendas aumentaram 63%".
"Andou a dizer que distribuiu chaves de 2 mil casas com renda acessível, esqueceu-se foi de dizer que vinham do mandato anterior pela mão do programa de renda acessível 100% público que o Bloco de Esquerda impôs no seu acordo com o PS em 2017", realçou.
Carolina Serrão acusou Moedas de ter falhado também nos transportes públicos, com uma Carris "mais lenta, menos fiável e muito mais cheia", criticou a retirada de faixas para autocarros na capital e lamentou que o trânsito em Lisboa esteja "um inferno".
"E falhou no essencial, na recolha do lixo. Lisboa está a viver uma autêntica crise do lixo. Moedas prometeu-nos unicórnios, mas afinal o que há são ratos e baratas", acusou.
Perante as queixas dos lisboetas, Carolina Serrão afirmou que Carlos Moedas primeiro "vitimizou-se", depois "culpou os outros" e por fim "autopromoveu-se" dizendo que "nunca ninguém tinha feito tanto para resolver o problema do lixo".
"E por fim mentiu: disse que havia mais de 400 trabalhadores na higiene urbana, quando nós hoje sabemos a verdade. Há menos de 72 trabalhadores do que no final do mandato anterior, 45% dos camiões do lixo estão na oficina parados, 20% dos trabalhadores estão com doenças profissionais e Moedas não cumpriu o que acordou com os sindicatos. Isto é má gestão", defendeu.
ARL // SF
Lusa/Fim
Comentários