Um casal de Norfolk, no Reino Unido, foi finalmente reunido com a sua cadela que tinha sido roubada há quase oito anos. Segundo o The Guardian, Rita e Philip Potter nunca desistiram de procurar Daisy, uma labradora levada da sua propriedade em novembro de 2017.
O caso gerou uma onda de solidariedade e mobilizou milhares de pessoas: uma petição online com mais de 100.000 assinaturas pressionou o governo a aumentar os esforços para combater o furto de animais de estimação. Em 2024, a legislação britânica aprovou a Lei de Rapto de Animais Domésticos, que estabelece penas de até cinco anos de prisão para os responsáveis por esses crimes.
O reencontro de Daisy com os donos aconteceu graças ao trabalho da RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals). A labradora foi encontrada a mais de 200 quilómetros de casa, em Weston-super-Mare, Somerset, durante uma investigação de rotina a situações de maus-tratos a animais.
A cadela, agora com 13 anos, apresentava tumores mamários não tratados. Foi levada a um veterinário, onde o microchip revelou a identidade dos donos.
Ao receberem a notícia, os Potters mal conseguiram conter a emoção. Daisy regressou a casa, em Old Buckenham, na quinta-feira. Rita Potter, de 80 anos, afirmou estar "imensamente grata" à RSPCA pelo reencontro e garantiu que a cadela será tratada com "todo o amor e atenção".
"Mantivemos uma fotografia dela na prateleira da lareira e olhávamos para ela todos os dias, a pensar onde estaria. Assim, este reencontro é um sonho tornado realidade. Estamos profundamente agradecidos à RSPCA", disse.
"Sabemos que ela já é idosa e tem problemas de saúde, mas o mais importante é que agora estará rodeada de amor e carinho pelo tempo que lhe resta", acrescentou. "Os nossos netos ficaram tão entusiasmados com a notícia que correram a comprar-lhe brinquedos e guloseimas. Agora, não tem apenas uma, mas duas camas confortáveis".
Testemunhas afirmam ter visto Daisy a ser forçada a entrar numa carrinha junto à casa da família, alegadamente por criadores clandestinos. A RSPCA define esta prática como "a criação irresponsável de animais em condições inadequadas e sem os cuidados necessários". Apesar da investigação policial, a matrícula do veículo nunca foi identificada.
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