
Na rede social Weibo, o tema #5121428, que se refere ao horário do terremoto (14:28 de 12 de maio), acumulou 178 mil partilhas e 410 milhões de visualizações durante o dia de hoje.
A aplicação de vídeo Douyin, a versão chinesa do TikTok, montou uma capela digital para homenagear os falecidos, na qual mais de 230 mil usuários depositaram velas virtuais.
"Quinze anos se passaram, mas ainda choro quando vejo as imagens. Naquele dia, alguns partiram e outros ficaram. Lembremo-nos das crianças de Beichuan [a área mais afetada] e das mães e professoras que usaram os seus corpos para protegê-los", escreveu um internauta no Weibo.
A catástrofe natural atingiu especialmente escolas e colégios rurais, alguns deles construídos com materiais defeituosos e impreparados para um terremoto daquela magnitude.
Outros internautas destacaram a mobilização popular em prol de Wenchuan e da província de Sichuan, que se cristalizou na ida de milhares de voluntários às áreas afetadas para ajudar no resgate ou na massiva arrecadação de fundos, da qual participaram personalidades da cultura, cinema, política e comunidades chinesas no exterior.
Os órgãos de comunicação oficiais destacaram a homenagem aos membros das forças de socorro que se deslocaram às zonas afetadas pelo sismo, o "renascimento" das zonas mais atingidas e as histórias de superação de algumas das crianças atingidas que perderam um membro. Alguns alcançaram carreiras de sucesso em áreas como o desporto ou a moda nas suas vidas adultas.
No aniversário da tragédia, a população de Sichuan sofreu uma lembrança da intensa atividade sísmica da região em que vivem: às 2:34 de hoje (19:34 de quinta-feira, em Lisboa), o condado de Luding registou um terramoto de magnitude 4,5, que foi seguido por três tremores secundários menos intensos, sem causar danos além da queda de rochas em algumas estradas, informou hoje o Centro de Rede Sismológica da China.
Em setembro passado, um terramoto de magnitude 6,8 na província deixou 93 mortos e 24 desaparecidos.
JPI // APN
Lusa/Fim
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