
De acordo com a plataforma, o DeepSeek recusa-se responder a questões que podem ser críticas ao regime chinês, como o massacre que aconteceu na Praça Tiananmen em 1989.
O próprio 'chatbot' refere os temas sobre os quais não pode falar, como fornecer informações sobre atividades ilegais, diagnósticos médicos ou de saúde e aconselhamento fiscal ou jurídico, sendo que também não pode "gerar conteúdo impróprio ou ofensivo, aceder a informação privadas, confidenciais ou pessoas, fazer previsões e aceder dados pessoais ou conversas dos utilizadores".
As ferramentas de inteligência do Google, Gemini, e o Copilot da Microsoft também têm assuntos 'tabu' como os processos eleitorais, embora o 'chatbot' da Microsoft responda a perguntas sobre figuras políticas.
Em março de 2024, a Google anunciou uma nova restrição no Gemini que o impedia de responder a perguntas sobre os processos eleitorais a serem realizados naquele ano, restrição que ainda vigora durante este ano.
Já o instrumento de IA do X, Grok, respondeu às perguntas que os outros 'chatbots' evitaram, "o Grok não censurou nenhuma resposta e deu repostas detalhadas às perguntas mais sensíveis".
Segundo os especialistas ouvidos pela plataforma espanhola, "estas medidas permitem que as empresas cuidem da sua reputação e evitem problemas legais", no entanto podem ter um grande impacto em matéria de liberdade de expressão e acesso à informação.
Os especialistas defendem que "praticamente todos os modelos têm algum nível de censura, especialmente aqueles que vêm de empresas privadas, cuja reputação depende do que os seus modelo podem dizer", embora "os modelos ocidentais não tenham tantos tópicos censurados quanto alguns modelos chineses".
PYR // JNM
Lusa/Fim
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