A sessão está marcada para 02 de fevereiro e consiste na exibição de dois filmes feitos no pós-25 de Abril e que se debruçam "sobre as repercussões cinematográficas deste momento histórico", como explica, em comunicado, a Cinemateca Portuguesa, que os digitalizou.
São eles "Ano 1 -- 1º. de Maio" (1975), filme assinado pela Unidade de Produção Cinematográfica sobre a primeira celebração do Dia do Trabalhador, e "Luta do Povo: Alfabetização em Santa Catarina" (1976), pela cooperativa Grupo Zero.
Nesta 47.ª edição de Clermont-Ferrand, a competição internacional conta com os filmes "Percebes", documentário de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, e "Bad for a Moment", de Daniel Soares.
Para a realizadora Laura Gonçalves, será um regresso a este festival dois anos depois de ter vencido o prémio de Melhor Filme de Animação com "O Homem do Lixo" (2022).
"Bad for a Moment", de Daniel Soares, trata, através da ficção, questões sociais sobre habitação e a vida nas cidades.
Na competição nacional do festival figura "A Fronteira Azul", de Dinis Costa, numa produção francesa com Portugal e Espanha.
A curta-metragem narra a chegada de um navio ilegal à costa ibérica "através dos olhos de múltiplas personagens: Os migrantes, os que cuidaram deles à chegada, os que os transportaram de Espanha para Calais, aqueles que os observam de um veleiro e a partir da rua", refere a sinopse da produtora Furyo Films.
Na secção "Perspetivas Africanas" está o documentário experimental "Hora de mudar", da realizadora angolana Pocas Pascoal sobre colonialismo, capitalismo e biodiversidade.
Num programa dedicado a filmes que foram já distinguidos com prémios do público, Clermont-Ferrand também programou "Natureza Humana", de Mónica Lima, e "Lobo Solitário", de Filipe Melo.
Considerado o mais relevante evento dedicado à curta-metragem, o festival de Clermont-Ferrand termina a 08 de fevereiro.
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Lusa/fim
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