Apresentado hoje, o festival organizado pelo Orfeão de Leiria procura, uma vez mais, "manter a tradição, mas procurando inovar de alguma forma, para chegar a novos públicos", explicou o diretor artístico, António Vassalo Lourenço.

À chamada música clássica junta-se o jazz e a dança numa edição que pretende "olhar para o passado, para a criação que se faz no presente e também para o meio profissional e a sua ligação ao meio académico", combinando no programa "grandes artistas portugueses e jovens valores que se estão a afirmar", descreveu o maestro. 

O tema "Viagens" lança o festival "para muitos sítios, não só no espaço como no tempo - não é só a geografia, podem ser também viagens no tempo", antecipou. 

"Foi esse o desafio que nos propusemos, e que propusemos a alguns dos nossos artistas convidados", disse hoje o diretor artístico.

A dança abre o Música em Leiria deste ano, com "Hastag#FREE", da Quorum Dance Company, no dia 06 de março, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. 

A programação prossegue com o quarteto de violoncelos Chiado, no Centro de Diálogo Intercultural (CDIL), no dia 12 de março, "com obras de diferentes pontos do globo e também mais antigas e mais atuais".

A "viagem" é igualmente evocada em "Os Lusíadas", pela Nova Era Vocal Ensemble com Orquestra 1755 & Afonso Ruivo Cardoso, na Igreja de São Francisco, no dia 15 de março, enquanto o Quarteto Contratempus & Banda Sinfónica Portuguesa vai ao Teatro José Lúcio da Silva, no dia 16 de março, com a cantata cénica "Delícia de morangos e chantilly".

O ars ad hoc apresenta-se no CDIL, no dia 20 de março, a cravista e musicóloga Mafalda Nejmeddine é convidada para um concerto comentado na Igreja de São Francisco, no dia 21 de março, e Filipe Raposo & Maria Rita levam "The Art of Song vol.2: Between Sacred and Profane" ao Teatro Miguel Franco, no dia 22 de março.

"Embracing Ellington" junta o baterista Rui Lúcio à Big Band do Orfeão de Leiria no Teatro Miguel Franco, no dia 23 de março, enquanto o duo Noa Noa leva "Língua" à Igreja de São Pedro, no dia 02 de abril, e o Coro do Orfeão de Leiria & Tango4Women, com a soprano Catarina Perdigão, vão ao Teatro José Lúcio da Silva, no dia 04 de abril, com a missa tango "Misatango de Martín Palmieri", programa que irá à Igreja de São Pedro, em Porto de Mós, no dia 15 de abril. 

Ao Auditório Municipal de Pombal, o festival Música em Leiria leva o duo Unir.o.Mare, com a bailarin a Natalia López Fonseca, no dia 11 de abril.

O "Requiem", de Mozart, é interpretado na Igreja do Mosteiro da Batalha, no dia 12 de abril, pelo Coro e Orquestra DeCA, da Universidade de Aveiro.

"Viagens dançantes" levam o festival de novo a Leiria, para um concerto no Teatro José Lúcio da Silva, pela Orquestra de Sopros, no dia 13 de abril.

Ciência e espiritualidade inspiram o espetáculo "Oração à luz", que o beOMNI Expression leva ao Auditório do Orfeão de Leiria, no dia 17 de abril.

"Sons do Brasil", pelo trompetista Gileno Santana e a Orquestra das Beiras, é a proposta para encerrar o festival, no dia 23 de abril, no Teatro José Lúcio da Silva.

Extra-festival, o quarteto de guitarras Canticum vai ao Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, com "Volta ao mundo em 80 imagens", no dia 18 de maio. Em local e data a anunciar, também a harpista Beatriz Cortesão, vencedora do Prémio Jovens Músicos 2023 RTP/Antena 2, tocará no festival Música em Leiria.

Como preâmbulo, III Ciclo de Órgão de Leiria promove seis espetáculos, entre 22 de fevereiro e 09 de março, em Leiria, Marinha Grande, Fátima e Caldas da Rainha.

No verão, o Música em Leiria leva o concerto didático "Miga, a formiga" aos concelhos do norte do distrito. 

 

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Lusa/fim