![Caracas começa primeiros voos de repatriamento de migrantes venezuelanos dos EUA](/assets/img/blank.png)
“A Venezuela informa o seu povo e o mundo que dois aviões estão atualmente a caminho de solo venezuelano (…) para transferir para o nosso território compatriotas migrantes venezuelanos que se encontravam nos Estados Unidos”, pode ler-se, num comunicado da diplomacia venezuelana.
“O governo bolivariano informa ainda que foi notificado pelo governo dos Estados Unidos da América de que algumas das pessoas que regressam ao país estão ligadas a atividades criminosas ou envolvidas em ações criminosas [do gangue venezuelano] Tren de Aragua”, sublinhou ainda Caracas, sem dar detalhes sobre os voos nem o número de pessoas a bordo.
Em 31 de janeiro, Richard Grenell, emissário especial de Donald Trump, reuniu-se com o Presidente Nicolás Maduro em Caracas com a missão de exigir que o Governo venezuelano aceitasse o regresso incondicional dos venezuelanos expulsos dos Estados Unidos, incluindo membros do Tren de Aragua, permitisse a libertação dos reféns norte-americanos mantidos na Venezuela.
Richard Grenell partiu com seis americanos libertados, e o Presidente Trump garantiu na altura ter obtido ‘luz verde’ quanto ao primeiro ponto.
Washington, que não reconhece a reeleição de Maduro, que a oposição considera fraudulenta, garante que não fez qualquer concessão enquanto Maduro falou de um “novo começo” nas relações bilaterais entre os dois países, que não mantêm relações diplomáticas desde 2019.
Desde que assumiu o cargo, em janeiro, Donald Trump, cujo principal tema é a imigração, retirou o estatuto de proteção temporária contra a deportação de que beneficiavam aproximadamente 600.000 venezuelanos devido à crise económica e de segurança no seu país.
Mais de 7,8 milhões de venezuelanos emigraram na última década, segundo a ONU. Parte destes estão nos Estados Unidos.
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