Em comparação com setembro, o índice de preços no consumidor (IPC) aumentou 0,9% em outubro.
Além do aumento dos preços de todos os produtos energéticos devido à guerra e à situação de crise, os problemas de abastecimento e os aumentos significativos de preços nas fases económicas intermédias estão a influenciar a taxa de inflação.
O fim do bilhete de transporte público subsidiado a nove euros por mês e do desconto de combustível já tinham aumentado a pressão ascendente sobre os preços em setembro e a taxa de inflação subiu nesse mês para 10,0% em termos homólogos.
As primeiras medidas do terceiro pacote de ajuda do Governo já estão a ser adotadas, que incluem, entre outras, a redução do IVA para o gás natural e o fornecimento de aquecimento urbano de 19% para 7%, o que teve um efeito amortecedor na inflação dos produtos energéticos.
Apesar das medidas de flexibilização, os produtos energéticos aumentaram 43,0% em outubro face ao mesmo mês de 2021, contra 43,9% em setembro.
Os consumidores tiveram de pagar significativamente mais não só pela energia doméstica, mas também pelos combustíveis - em 22,3%.
Os preços dos alimentos subiram 20,3% em termos homólogos em outubro, um aumento de preços quase de o dobro da inflação global, e depois de já terem subido 18,7% em setembro e, de um modo geral, terem aumentado gradualmente desde o início do ano.
Os preços dos bens no seu conjunto aumentaram 17,8% em termos homólogos, enquanto os dos serviços subiram apenas 4,0%.
MC // EA
Lusa/Fim
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