A imprensa espanhola noticia que o cadáver do ex-presidente da Caja Madrid foi encontrado numa quinta na localidade de Villanueva del Rey, na província de Córdoba (sul de Espanha).

O ex-banqueiro foi condenado em março último a seis anos de prisão pelo seu envolvimento no caso dos "cartões black" (negro em inglês, a cor dos cartões de crédito) que a Caja Madrid, que agora se chama Bankia, dava aos seus dirigentes e pessoas de confiança, para pagar despesas pessoais sem limite e sem declarar nada ao fisco.

Miguel Blesa foi presidente da instituição entre 1996 e 2010 e o tribunal considerou-o culpado de se apropriar indevidamente de património, ao gastar 436.688 euros através desse cartão de crédito especial.

Na altura foram condenados mais 64 utilizadores desses cartões, incluindo o seu sucessor no lugar de presidente da instituição, Rodrigo Rato, um ex-ministro das Finanças espanhol e ex-diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Blesa foi um dos condenados que apresentou em abril último um recurso à condenação, junto do Tribunal Supremo espanhol, e por essa razão ainda não estava na prisão.

Entre os outros acusados estão numerosos membros do Partido Popular, mas também alguns sindicalistas e membros de partidos de esquerda.

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