"Ainda não sabemos quem é o promotor destes ataques, continuamos a procurar", disse Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante um comício popular no distrito de Chiuta, na província de Tete, centro de Moçambique, onde realiza uma visita de trabalho.

O Presidente moçambicano apelou ainda para que as populações continuem atentas, lembrando que estes grupos têm coagido a juventude com "promessas falsas".

"Eles enganam os mais jovens com promessas falsas. Quando apanharmos o líder deles vamos informar a população", garantiu o chefe de Estado moçambicano.

Povoações remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a norte de Maputo, têm sido saqueadas com violência por desconhecidos desde outubro de 2017, provocando um número indeterminado de mortes e deslocados.

Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.

Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.

EYAC // ARA

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