A celebração anual do fim do domínio do xá Mohammad Reza Pahlavi, apoiado pelos EUA, e da criação da teocracia xiita iraniana desenrola-se este ano com o país envolvido em várias incertezas.

O Irão está sob sanções que afetam a sua economia e há a ameaça de mais, prometidas por Trump, apesar de este dizer que pretende um acordo com Teerão sobre o seu programa nuclear.

Entretanto, o líder supremo, aiatola Ali Khamenei, criticou na sexta-feira a proposta de negociações com os EUA, descrevendo-a "não inteligente, sábia ou honrada".

Em Teerão, as pessoas exibiram bandeiras e cartazes, enquanto marchavam para a Praça da Liberdade, apesar de temperaturas negativas.

Ao lado de faixas com slogans anti-EUA e anti-Israel, os manifestantes também exibiam cartazes com a fotografia de Khamenei, que tem a última palavra quanto a assuntos de Estado.

O presidente Masoud Pezeshkian, que por vezes tem um tom conciliador com o Ocidente, fez um discurso crítico, em que disse que o país estava em "economia de guerra".

Aos manifestantes, declarou: "Trump chegou e anunciou que queria negociar, mas, ao mesmo tempo, anunciou intrigas e cabalas. Espalham propaganda que o país tem sido fraco. Mas nós somos fortes. Nunca cedemos a estrangeiros".

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Lusa/fim