Tiago Marques, 39 anos, veio "porque é urgente mostrar solidariedade para com a Palestina, que está neste momento a sofrer um autentico genocídio".

"Não sou eu que o digo, são as Nações Unidas, a Amnistia Internacional, os Médicos Sem Fronteiras, e é vergonhosa a posição que o Estado português tem tido com esta situação, e é fundamental que a população manifeste o seu desagrado", defendeu.

Lurdes Aguiar contou que esta será provavelmente a quarta manifestação a que vem em prol da Palestina e questiona o que mais há a dizer depois de mais de 50 mil mortos na Faixa de Gaza.

Entende que o futuro cessar-fogo "está condicionado por muitos interesses e com muita gente ansiosa para que dure pouco", mas, enquanto cidadã, e apesar de admitir que se sente totalmente impotente, é a única forma de mostrar que tem voz.

"Se só pudermos fazer isto, pelo menos que o façamos. Alguma coisa temos de fazer", defendeu.

Mateus Pablo, 69 anos, veio também para defender a paz no mundo, num cenário em que várias potências trabalham pelo aumento da venda de armamento, e para defender os direitos do povo palestiniano.

Já Sérgio Pereira, 62 anos, por seu lado, contou que veio igualmente em solidariedade com o povo ucraniano, defendendo que "é urgente acabar com todas as guerras".

A manifestação, que chegou ao Largo do Rossio por volta das 16h30, fez caminho a partir do Cais do Sodré, e é "das maiores" que a representante do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Ilda Figueiredo, afirma ter vivido, garantindo que juntou "milhares e milhares de pessoas".

"Cortem nas armas, subam nos salários", "Paz no Médio Oriente, Palestina Independente" ou "Israel é culpado por um povo massacrado" foram algumas das palavras de ordem ouvidas, enquanto os manifestantes caminhavam pelas ruas de Lisboa.

Quase no final do percurso, na Rua do Ouro, o secretário-geral do Partido Comunista, Paulo Raimundo, saudou os manifestantes e falou aos jornalistas para defender que é preciso o fim da guerra de Israel contra a Palestina, uma política de paz e que Portugal reconheça o Estado palestiniano.

Neste momento, os manifestantes permanecem no Largo do Rossio para ouvir as intervenções de alguns dos representantes dos movimentos que organizaram a iniciativa, estando a falar Ilda Figueiredo, que deixou a garantia de que irão "continuar juntos pela paz".

SV // MSF

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