De acordo com o 'trading update' enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a margem de refinação por barril entre janeiro e março de 2023 foi de 14,3 dólares, contra 13,5 dólares no último trimestre de 2022 e mais do dobro dos 6,8 dólares em igual período de 2022.

Por sua vez, as matérias-primas processadas recuaram 5% em cadeia e 10% em termos homólogos.

Segundo a Galp, "as matérias-primas processadas baixaram e os custos operacionais aumentaram em cadeia depois da realização de atividades de manutenção planeadas", para o período em análise, contando que os custos operacionais tenham sido de cerca de cinco dólares por barril.

A petrolífera prevê que os valores registados no primeiro trimestre tenham "um impacto estimado de 20 milhões de euros no EBITDA [resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações]".

Assim, a margem de refinação, por barril, foi de 19,6 dólares no primeiro trimestre, abaixo dos 20,5 dólares no trimestre anterior e dos 21,8 dólares em igual período de 2022.

No primeiro trimestre deste ano, a produção de petróleo da Galp foi de 120,3 mil barris por dia, bem abaixo dos 130,4 mil barris diários do quarto trimestre e dos 131,1 mil barris do período homólogo.

A Galp justificou esta variação com a venda dos ativos em Angola, registando que a produção no restante portefólio subiu.

As vendas da Galp caíram 5% em cadeia, mas cresceram 3% em termos homólogos no segmento dos produtos petrolíferos e caíram 13% em cadeia e 33% face ao primeiro trimestre de 2022 no gás natural. Já na eletricidade houve um recuo de 1% em cadeia e de 18% em termos homólogos.

A petrolífera atribui a subida da venda de produtos petrolíferos à recuperação no segmento B2B ('business to business'), "nomeadamente do segmento da aviação".

Já as variações no gás natural e na eletricidade "refletem uma otimização do portefólio dos clientes e uma redução da atividade dentro do segmento B2B".

A capacidade instalada da Galp nas renováveis manteve-se igual em relação ao trimestre anterior, mas a geração cresceu 46% "graças a uma maior irradiação".

O 'trading update' hoje divulgado antecipa a publicação dos resultados do primeiro trimestre da Galp, prevista para 05 de maio, antes da abertura do mercado.

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