Em declarações à Lusa, Diogo Cunha disse que "a fusão entre o Atlântico e o Millennium em Angola não vai influenciar a operação" de venda do ActivoBank porque "são coisas diferentes".

Para o presidente da instituição, "existe uma ligação entre os bancos [Atlântico, Atlântico Europa e Millennium bcp]", que é ter acionistas comuns, mas "o ActivoBank é muito independente".

Diogo Cunha reafirmou que o Atlântico Europa "continua interessado" na aquisição do Activo Bank e está à espera que o BCP abra o processo "em janeiro de 2016".

A 02 de novembro, o presidente do BCP, Nuno Amado, afirmou que a suspensão de alienação do Activo Bank se deveu "a um problema técnico que tem que ser resolvido", uma questão que "tem a ver com as relações intra-companhia, que demora algum tempo a resolver".

"Estamos a tentar resolver. Se tiver solução, muito provavelmente o processo será retomado em 2016", assinalou.

Esta questão revelou-se decisiva para a interrupção em outubro do processo de venda que estava em curso, e já numa fase avançada, obrigando o BCP a adiar a operação para o próximo ano.

Antes, a 08 de outubro, o BCP anunciou uma fusão entre o Banco Millennium Angola (BMA) e o Banco Privado Atlântico (BPA) em Angola, com o banco português a ficar com uma participação de 20% no novo banco.

Diogo Cunha adiantou que, enquanto o processo de reabertura da venda do ActivoBank não acontece, o Atlântico Europa vai continuar a sua estratégia de expansão, estando previsto para segunda-feira a abertura de uma sucursal na Namíbia, essencial para apoiar as empresas portuguesas e angolanas no mercado da África subsariana.

AJG/MSF (DN) // CSJ

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