
O Mecanismo Financeiro Internacional para a Educação -- cuja dotação em dólares e euros é semelhante à taxa de câmbio atual - será utilizado para responder à atual crise da educação e às desigualdades crescentes neste domínio, exacerbadas pela combinação da pandemia de convid-19, alterações climáticas e conflitos em todo o mundo, esclareceu a Organização das Nações Unidas (ONU).
O projeto, que está a ser desenvolvido há anos, utiliza uma combinação de subvenções de doadores e garantias estatais para gerar financiamento, que pode ser utilizado em projetos de educação.
A ONU sublinha que o mecanismo multiplicará por sete vezes cada dólar investido, em comparação com a ajuda tradicional.
Os Países Baixos, a Suécia e o Reino Unido têm estado na vanguarda da iniciativa, que visa compensar o declínio dos recursos para a educação nos países pobres e de rendimento médio.
O novo fundo será oficialmente lançado na Cimeira para a Transformação da Educação, convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, esta segunda-feira.
A ONU está a organizar desde sexta-feira discussões sobre a questão, primeiro com representantes da juventude, e hoje com o sector privado e organizações de diferentes áreas, potenciais parceiros da iniciativa.
"Para transformar verdadeiramente a educação precisamos de uma mudança total", sublinhou Gordon Brown, antigo primeiro-ministro britânico e enviado da ONU para a Educação Global, numa declaração em que considerou o efeito multiplicador do instrumento financeiro hoje lançado e a importância dessa dinâmica na ajuda às crianças mais vulneráveis do mundo.
APL// SF
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