
O matemático de 55 anos vai assumir o cargo de chefe de Estado após vários meses de um conflito político que afetou a Roménia, país que enfrenta o maior défice da União Europeia.
No discurso proferido hoje, Nicosur San, comprometeu-se a defender a democracia, os direitos e as liberdades fundamentais dos cidadãos romenos.
Na cerimónia que decorreu no Parlamento de Bucareste, perante personalidades políticas, judiciais e religiosas da Roménia, o novo Presidente apelou aos partidos políticos empenhamento nos interesses nacional, numa altura em que o país, acrescentou, necessita de mudanças fundamentais.
Os deputados do partido nacionalista AUR boicotaram a cerimónia, não comparecendo e alegando que a tomada de posse se destinoua "legitimar uma traição nacional"
O candidato derrotado George Simion apelou à "resistência" numa mensagem difundida domingo através das redes sociais.
Com um resultado de mais de 40% na primeira volta, Simion, 38 anos, tinha a vitória assegurada mas a mobilização dos eleitores pró-europeus alterou completamente a situação na segunda volta.
Simion acusou anteriormente os países estrangeiros de ingerência, sobretudo a França, mas o processo judicial que apresentou foi rejeitado por um tribunal de Bucareste.
Por outro lado, a polémica primeira eleição, a 24 de novembro do ano passado, foi anulada depois de as autoridades terem invocado suspeitas de "influência russa", após a vitória de Calin Georgescu, aliado de George Simion, que se apresentou como candidato na repetição das eleições.
Perante acusações de golpe de Estado, Nicusor Dan insistiu, na noite da vitória, na necessidade de reconciliar as "duas Roménias".
Hoje, Nicusor Dan, após a cerimónia, vai deslocar-se ao Palácio de Cotroceni para a passagem de poderes com o Presidente interino Ilie Bolojan, possível futuro primeiro-ministro da Roménia.
Nicusor Dan tem agora como tarefa de liderar as negociações para a nomeação de um chefe de governo, na sequência da dissolução da coligação governamental que incluía sociais-democratas e liberais.
O novo chefe de Estado, pró-europeu e apoiante da Ucrânia, vai participar nas próximas cimeiras da União Europeia e da Aliança Atlântica.
No domingo, Dan deslocou-se a Varsóvia para apoiar o presidente da câmara Rafal Trzaskowski, que se candidata à presidência a Polónia no próximo domingo tendo reiterado posições contra a influência de Moscovo, no quadro da invasão da Ucrânia.
PSP//APN
Lusa/Fim
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