Na Alemanha, os donativos a partidos políticos de valores superiores a 35.000 euros têm de ser publicados, incluindo o nome do doador, de acordo com a lei eleitoral.
Os donativos de países fora da União Europeia (UE) de mais de 1.000 euros são proibidos, a menos que provenham de um cidadão alemão ou de um cidadão da UE que trabalhe numa empresa detida em pelo menos 50% por alemães.
O tesoureiro da AfD, Carsten Hütter, garantiu à revista Der Spiegel que o doador não é membro do partido e que não o conhecia até agora, escusando-se, no entanto, a dizer se o dinheiro foi transferido da conta pessoal de Winter ou de uma conta de empresa.
O doador, Hors Jan Winter, informou o partido que vivia em Blankenhain (leste da Alemanha), mas, de acordo com o grupo de comunicação social RND, na morada fornecida situa-se uma casa de dois andares que está desabitada há muito tempo.
Esta é a segunda grande doação que a AfD recebe no espaço de uma semana.
Na terça-feira, o partido de extrema-direita recebeu 1,5 milhões de euros do polémico empresário e médico Winfried Stöcker, que, durante a pandemia, desenvolveu uma vacina contra a covid-19 que nunca foi aprovada nem chegou ao mercado.
Stöcker era anteriormente membro do Partido Democrático Livre (FDP), mas começou a fazer doações ao AfD em 2021.
A Alemanha tem eleições legislativas antecipadas marcadas para 23 de fevereiro, depois de o Presidente, Frank-Walter Steinmeier, ter dissolvido o parlamento a pedido do chanceler Olaf Scholz, após o colapso da coligação governamental.
PMC // VM
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