"O progresso que alcançámos no controlo da pandemia da covid-19 é uma conquista que resulta do esforço e do sacrifício coletivo dos moçambicanos, no entanto, ainda não podemos baixar a guarda", referiu numa comunicação à nação.

Nyusi realçou que "a experiência de outros países" e a vivência moçambicana dos meses de janeiro e fevereiro "mostram que este vírus não dá tréguas".

"Precisamos de coletivamente e a todo o custo evitar o início de uma terceira vaga da pandemia no nosso país, cuja intensidade pode ser mais violenta que nas vagas anteriores", sublinhou.

Na comunicação, o chefe de Estado anunciou o reinício do campeonato nacional de futebol, o Moçambola, mas sem público.

Podem também ser retomados os cultos, reuniões e celebrações religiosas com lotação até 30% da capacidade dos espaços, com limite de 50 pessoas em locais fechados e 100 em espaços abertos.

Os eventos do Estado podem acolher até 100 pessoas ou mais em casos de natureza imperiosa e devidamente justificados.

Outro tipo de eventos, reuniões ou conferências, devidamente fundamentados e autorizados pelo Ministério da Justiça, poderão acolher até 300 pessoas.

Casinos, museus, teatro, cinemas, auditórios e outros espaços similares podem abrir com lotação até 40% da capacidade, assim como alguns ginásios que podem funcionar no máximo com 15% da capacidade.

Padarias, pastelarias e lojas de conveniência passam a poder funcionar até às 20:00 e centros comerciais podem estar de portas abertas até às 18:00 aos domingos, feriados e dias de tolerância de ponto (durante os dias uteis funcionam até às 19:00).

O recolher obrigatório às 22:00 mantém-se em vigor em Maputo e capitais provinciais, sendo ainda estendido às localidades de Manhiça, Chóqwe, Maxixe, Gondola, Moatize, Mocuba, Nacala, Montepuez e Massinga.

Todas as medidas entram em vigor às 00:00 de terça-feira, 27 de abril, por um período de 30 dias.

Moçambique tem um total acumulado de 807 mortos e 69.665 casos de covid-19, dos quais 89% recuperados e 40 internados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.100.659 mortos no mundo, resultantes de mais de 146,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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