“No total, 9.907 pessoas foram retiradas”, disse o governador Oleg Synegubov, citado pela agência AFP, mais de uma semana depois do início da ofensiva russa.
O Presidente ucraniano já alertou que o ataque russo contra Kharkiv, no nordeste do país, poderá fazer parte de uma ofensiva mais vasta.
Volodymyr Zelensky já havia reconhecido que a situação em Kharkiv é muito complicada, mas frisou que Kiev não pode perder a cidade para a Rússia.
Zelensky visitou a região na quinta-feira, depois de ter anulado compromissos no estrangeiro, incluindo visitas a Espanha e Portugal.
Na sexta-feira, a Rússia reivindicou avanços na região de Kharkiv, onde conduz uma ofensiva para criar uma zona tampão que permita evitar ataques de Kiev em território russo.
Segundo estimativas do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), com sede em Washington, as forças russas terão avançado oito quilómetros em território ucraniano após uma semana de ofensiva na região de Kharkiv.
O objetivo de criar uma zona de segurança junto à fronteira da Rússia com a Ucrânia foi confirmado na sexta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita à China.
Putin descreveu a ofensiva no nordeste da Ucrânia como uma resposta aos ataques ucranianos em território russo.
“Eu tinha dito publicamente que, se isto continuasse [os ataques ucranianos], seríamos obrigados a criar uma zona de segurança, uma zona sanitária. É isso que estamos a fazer”, declarou, citado pela agência francesa AFP.
Putin disse também que, para já, a Rússia não tinha planos para tomar Kharkiv.
Kharkiv tinha mais de 1,4 milhões de habitantes antes da guerra desencadeada com a invasão russa de fevereiro de 2022, que já causou um número indeterminado de mortes em ambos os países.
SBR // MSP
Lusa/fim
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