Infelizmente, estes dias de perturbação são frequentes nos EUA. As causas destas perturbações são coisas como depressões, crenças nacionalistas, convicções religiosas, ou todas estas juntas, que desaguam nestes instintos de espalhar a perturbação e que abalam qualquer um. Em 2012, em Sandy Hook, um jovem branco de 20 anos muito perturbado matou 20 crianças e 6 adultos num dos mais trágicos dias de perturbação nos EUA e, desde aí até agora, já se registaram 290 tiroteios em escolas do país - 18 só este ano -, sempre levados a cabo por jovens perturbados. Já para não falar do caso Breivik, o homem perturbado, branco e cristão que perpetrou um dos casos mais perturbadores de assassinato a tiro de que há memória. É deveras perturbador.
A isto tudo, ainda se junta o terrorismo. Nos últimos anos o mundo tem assistido a inúmeros ataques terroristas. Jovens e adultos muçulmanos levam a cabo ataques terroristas que matam também dezenas de pessoas. A partir de ataques como os de Paris, Londres, Berlim ou Barcelona, estas pessoas têm espalhado o terror por todo o mundo. As causas deste terrorismo são coisas como depressões, crenças nacionalistas, convicções religiosas, ou todas estas juntas, que desaguam nestes instintos de espalhar o terror e que abalam qualquer um.
A grande diferença entre perturbação e terror não é, evidentemente, a cor da pele ou o clube religioso a que se pertence, é apenas uma questão de afinação. Sempre que alguém grita “Allah Akbar” está desafinado e não há nada mais terrível do que desafinação. Quando se mata a eito, mas sem gritar, é impossível desafinar e por isso é só perturbador.
E os que dizem que a diferença entre tratar uns como perturbados e outros como terroristas tem fundamentos de racismo profunda e culturalmente enraizados, não podiam estar mais enganados. Além do já referido facto da desafinação, o único outro factor tem a ver com o motivo do assassínio, e não tem nada a ver com a cor ou crença do indivíduo, li eu num dicionário ocidental escrito por cristãos brancos.
Portanto, continuemos a distinguir os assassinos desta forma porque é o que mais importa, e que não perpetua nada ainda mais o ódio entre cores ou crenças, e não pela perturbação e terror em si que infligem no mundo, que até é o menos.
Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:
- Três Cartazes à Beira da Estrada: Uma maravilha de filme. Vale a pena.
- Évora: Fui lá passar o fim-de-semana passado e gostei muito. Não lá ia há anos e é uma cidade calma, bonita e onde se come incrivelmente bem.
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