Quando parecia que a teta dos reality shows já tinha secado, com o decréscimo de audiência a cada nova Casa dos Segredos, eis que surge uma teta nova e gorda para ser espremida pelos casais de televisão: os reality shows de dating e encontros amorosos. Casados à Primeira vista começou a nova trend da televisão portuguesa que já conta com mais programas do género como: First Dates, Carro do Amor (que é plágio de um programa americano chamado Bang Bus), Quem quer casar com o meu filho?, e Quem quer casar com um agricultor?. Até agora, ainda ninguém encontrou o amor verdadeiro o que mostra que, ou o formato tem problemas, ou que quem participa só quer aparecer para depois se dedicar à bonita carreira de presenças em discotecas. Agora, há um novo programa que se chama “Começar do Zero”, na TVI, onde os concorrentes se vêem sem nada, inclusivamente roupa, e andam pelados a fazer desafios. Giro. Por tudo isto, sinto que é a altura ideal para eu propor alguns formatos que penso serem inovadores:
Começar do ordenado mínimo – Um reality show em que todos os deputados e ministros têm de viver um ano apenas com o ordenado mínimo. Era vê-los a descobrir coisas novas como a massa com atum.
Quem quer casar com uma gorda? – Os programas dos gordinhos já fizeram sucesso no passado e era uma espécie de remix. Seria positivo para a sociedade para percebermos a discriminação que os gordos passam e, contrariamente ao que tem acontecido noutros programas, onde há quem fique chocado por ver que as pretendentes não sabem cozinhar, neste era certo que a gorda percebe de cozinha.
First dates promíscuos – Ao contrário do que o nome indica, não seria um programa sobre sexo. Seria um programa em que ministros e deputados tinham um date com gestores de grandes empresas privadas, onde poderíamos ver toda a dança de acasalamento entre esses dois sectores tão próximos. Tal como nos de encontros amorosos, também veríamos promessas futuras de amor eterno como “Se me fizer aqui o jeitinho, depois arranjo-lhe um cargo de administração.”
Casa do Segredo de Justiça – Uma casa onde os concorrentes seriam jornalistas, advogados, juízes e polícias e onde todos trocavam impressões sobre vários casos em segredo de justiça. Já todos sabemos que o fazem em privado, por isso acho que fazê-lo em público era mais honesto. Seria apresentado, claro, pelo Hernâni Carvalho.
Portugal Tem Trabalho – Elogiamos muito o talento, mas esquecemo-nos que o mais importante é o trabalho. Seria um programa para a RTP, pois seria serviço público; uma espécie de Got Talent, em que os concorrentes eram pessoas com cursos superiores e trabalho precário. O Fábio, designer, que não encontra trabalho na área, vai lá fazer uns bonecos. A Sandra, tirou sociologia e vai lá mostrar os seus dotes a ver se alguém a resgata do call center. O vencedor ganharia um estágio não remunerado numa grande empresa.
Infiltrados na Prisão – Formato estrangeiro em que pessoas são presas pela experiência, sem que tenham cometido nenhum crime. Os outros presos não desconfiam e pensam que as câmaras fazem parte de um documentário. Era um formato interessante para adaptarmos à realidade portuguesa em que os concorrentes seriam convidados e seriam banqueiros. Já que não são presos pelos tribunais, ao menos sempre passavam uma temporada atrás das grades.
São só ideias, já sabem que não há ideias estúpidas num brainstorming. Alguém que passe estas ideias às direcções de programas dos vários canais que eu acho que isto tem potencial.
Sugestões e dicas de vida completamente imparciais:
Para ouvir: Podcast Open Mic da TSF
Para ver: Documentário do desaparecimento da Maddie, na Netflix.
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