Está tudo certo, é o expectável. Nada disto me surpreende e estou à espera de notícias sobre desaires, e outras sobre conquistas portuguesas, para superar um evento desta dimensão. Dizem que é o maior evento do mundo.
Isso não sei, acredito que sim. O que me deixa realmente abesbílica, de queixo no chão, é a quantidade de gente que diz sem qualquer pudor que é católica.
Ser cristão não é ter uma prática católica – de observação de oração, de frequência de missa, de preceitos e aceitações. Não é dizer, ah, eu acredito em Deus e na palavra de Jesus, mas o que não me dá jeito escolho ignorar, mas por favor não me tirem o rótulo de católico, que isso até fica mal.
A maioria dos portugueses vive sob inspiração cristã, com rituais do catolicismo, mas sem uma prática regular. Dizer o contrário porque o papa aí vem é o mesmo que dizer que se é ativista porque queremos muito ser bonzinhos, mas depois não reciclamos, não poupamos papel, não consideramos o desperdício alimentar.
Respeite-se uma religião pelo que é, pelo conjunto da sua doutrina, não por ser “fixe” ou “moda”. Seja-se crente, reivindique-se isso mesmo, mas sem apropriações indevidas.
É que existem mínimos olímpicos para reivindicarmos alguma coisa, ou serei só eu a pensar assim?
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