O Festival de Cannes lamentou hoje a morte do realizador Bernardo Bertolucci, "mais reconhecido a nível mundial", recordando-o como um "imenso artista" que "encarnou o cinema italiano".
O produtor de cinema Paulo Branco considerou que a morte de Bernardo Bertolucci, com quem mantinha uma amizade próxima, “é uma perda enorme para o cinema”, destacando que o realizador italiano trouxe uma “nova linguagem cinematográfica”.
Bernardo Bertolucci é um dos últimos de uma sequência de gerações de cineastas italianos que, com inteligência, sensibilidade, poesia, requinte e técnica apurada, mudaram o cinema oferecendo-nos filmes muitas vezes transgressores, sempre preciosos, maravilhosos. São filmes que nos deram outra visão
Bernardo Bertolucci já me está a irritar e ainda só escrevi o nome dele. Pela lógica só teria um “L” antes dos dois “C” no apelido, mas obrigou-me a ir confirmar, não fosse ele arrogar-se os dois “L” de melhores cineastas italianos como Fellini ou Rossellini.
A polémica estalou nos últimos dias, depois do reaparecimento de um vídeo onde o realizador Bernardo Bertolucci admitiu que não informou Maria Schneider, que contracenou com Marlon Brando, de todos os pormenores de uma cena de sexo violenta no filme "O Último Tango em Paris" (1972).
Uma curta-metragem sobre os efeitos da seca no sul de Moçambique foi selecionada para a final de um prémio de cinema sobre alterações climáticas, lançado pelo Banco Mundial, com um júri presidido pelo realizador italiano Bernardo Bertolucci.