Os juízes do julgamento do processo BES/GES aceitaram o pedido da defesa de Ricardo Salgado para a realização de uma nova perícia neurológica ao ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) devido ao diagnóstico de doença de Alzheimer.
O ex-presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, contou hoje em tribunal que Ricardo Salgado lhe pediu para “ser solidário com a família” e com a “falsificação das contas” no Grupo Espírito Santo (GES).
O ex-banqueiro Ricardo Salgado assegurou no interrogatório perante o Ministério Público, em 2015, que nunca foi avisado para consolidar as contas da ESI, a holding que controlava a área financeira e não financeira do Grupo Espírito Santo (GES).
A ministra da Justiça considerou hoje que os “megaprocessos merecem uma reflexão de toda comunidade jurídica”, salientando que é importante que a justiça seja “próxima dos acontecimentos o quanto possível”, referindo-se ao caso BES/GES.
O coletivo de juízes que está a conduzir o julgamento do processo BES/GES vai começar hoje a ouvir a reprodução da gravação de um interrogatório a Ricardo Salgado na fase de inquérito.
Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado, considera lamentável a presença do seu cliente no tribunal durante o julgamento do Caso BES.
Um lesado do BES confrontou hoje o arguido Francisco Machado da Cruz à chegada ao Juízo Central Criminal de Lisboa, travando a entrada do antigo contabilista do Grupo Espírito Santo (GES) para o julgamento do processo BES/GES.
Ricardo Salgado, principal arguido deste caso do BES, chegou esta manhã ao Campus da Justiça em cima da hora marcada para o início do julgamento, pelas 9h30. Logo nos seu primeiros passos, à saída do carro, foi confrontado por alguns dos lesados do BES, ali em protesto.
Representantes dos lesados do Banco Espírito Santo estão hoje em protesto junto ao Campus de Justiça, em Lisboa, com um carro funerário onde colocaram uma fotografia de Ricardo Salgado, no dia do início do julgamento do caso BES.
Uma década após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), começa hoje o julgamento do maior processo do Universo Espírito Santo, com o ex-banqueiro Ricardo Salgado como principal rosto dos 18 arguidos (15 pessoas e três empresas).
O julgamento do processo BES/GES começa hoje no Juízo Central Criminal de Lisboa, 10 anos após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), num caso com mais de 300 crimes e 18 arguidos, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado.
A queda do BES em agosto de 2014 chocou o país, abalou a alta finança e as contas públicas, com repercussões internacionais e deu início a uma longa batalha judicial, que só agora começa a julgar o processo principal.
O Fundo de Resolução (FdR) foi reconhecido, pelo Supremo Tribunal de Justiça, como credor privilegiado na liquidação judicial do BES e, por isso, "receberá prioritariamente os recursos que vierem a ser distribuídos" neste âmbito.
A defesa de cerca de 1.600 lesados do colapso do BES defendeu hoje que a instrução do processo Universo Espírito Santo deve levar todos os arguidos a julgamento e reclamou a maior indemnização da história da justiça portuguesa.
A audição de três testemunhas no âmbito da instrução do processo BES/GES foi adiada para final de janeiro devido ao interrogatório judicial dos 35 suspeitos de escravizar migrantes no Alentejo, adiantou à Lusa fonte ligada ao processo.