A Associação de Meios de Informação espanhola expressou hoje a sua "mais profunda preocupação pela ameaça" que o referendo anunciado pelo Governo catalão representa para a democracia, ordem constitucional, liberdades e convivência pacífica dos espanhóis.
O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, defensor da independência da região na sequência do referendo de domingo, apelou hoje a uma mediação para o conflito político e institucional com o governo central de Madrid.
Empresários portugueses a viver e trabalhar em Barcelona compreendem a indignação dos catalães contra Madrid, mas consideram uma separação da Catalunha de Espanha “muito pouco benéfica” para os dois lados.
O Presidente da República afirmou hoje que tem, sobre "a questão da Catalunha", a "mesma posição do Governo", que defende o respeito pela lei espanhola, sem referir - tal como o Executivo - o referendo pró-independência agendado naquela região.
Milhares de pessoas concentraram-se hoje em frente às câmaras municipais de várias cidades espanholas, incluindo de Barcelona, para se manifestarem contra a realização do referendo pela independência na Catalunha, agendado para domingo, e para reivindicar a "unidade de Espanha".
O Governo português considerou hoje que a “questão catalã” – numa referência não explícita ao referendo independentista de domingo na Catalunha – deve ser “considerada no quadro do respeito pela Constituição e pelas leis espanholas”, que consideram ilegal a consulta popular.
O máximo representante do governo espanhol na Catalunha anunciou hoje que a polícia já fechou e selou mais de metade das 2.315 assembleias de voto designadas para acolher, no domingo, o referendo pela independência considerado ilegal pela justiça espanhola.
Agentes da Guarda Civil espanhola deslocaram-se hoje ao Centro de Telecomunicações do governo catalão para comprovar o bloqueio dos serviços informáticos para o voto eletrónico no referendo de domingo, como ordenou o Supremo Tribunal de Justiça da Catalunha.
Um dos comboios que saiu de Madrid hoje de manhã em direção a Barcelona estava cheio de turistas que não escondiam o seu nervosismo por irem visitar uma cidade onde a tensão está a aumentar antes do referendo de domingo.
O vice-presidente do governo regional da Catalunha, Oriol Junqueras, defendeu hoje que se todos os catalães votarem no domingo, Mariano Rajoy e o PP "vão cair" e garantiu que "tem soluções" para realizar o referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional.
A Guarda Civil espanhola entregou hoje na sede do Centro de Telecomunicações e Tecnologia da Informação (CTTI) do Governo catalão a notificação do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha que proíbe o voto eletrónico no dia 1 de outubro.
Catalães apoiantes do referendo de autodeterminação proibido que os dirigentes separatistas querem realizar no domingo começaram hoje à tarde a ocupar escolas que funcionarão como assembleias de voto, para garantir que a consulta popular acontecerá.
O chefe da polícia regional catalã emitiu hoje uma ordem interna a ordenar o envio de agentes em uniforme no domingo para desalojar de pessoas e encerrar os colégios eleitorais abertos para o referendo sobre a independência da Catalunha.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reiterou hoje, em Tallin, a propósito da realização de um referendo independentista na Catalunha, que o executivo comunitário está do lado da lei, mantendo-se fiel às posições assumidas pelos seus antecessores.
O Governo espanhol assegurou em Madrid que os membros do executivo regional da Catalunha e os seus parceiros separatistas serão levados a tribunal para responder pela “muito grave deslealdade institucional” que mostraram.
O governo regional da Catalunha assegurou hoje em Barcelona que no domingo haverá mais de 2.300 assembleias de voto para os catalães votarem no referendo, num claro desafio ao Estado espanhol, que ilegalizou a consulta.
Dois peritos independentes da ONU pediram hoje moderação e que sejam "evitados atos violentos" na perspetiva do referendo independentista convocado para 01 de outubro na Catalunha e declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional.
O responsável pelos assuntos externos do Governo regional catalão defendeu hoje em Bruxelas que o parlamento daquela região espanhola deverá aprovar uma declaração de independência 48 horas depois de publicado o resultado do referendo, se o "sim" ganhar.
A União Europeia tem assistido praticamente em silêncio ao conflito que opõe Madrid aos independentistas catalães, evitando pronunciar-se sobre o referendo previsto para o próximo domingo, um tema sensível que sempre provocou desconforto em Bruxelas.
O presidente da Junta da Galiza considerou hoje que uma declaração unilateral de independência da Catalunha seria um "anacronismo histórico e um voltar ao século XIX" e mostrou estar convicto que o referendo sobre o tema "não vai acontecer".
A organização terrorista basca ETA disse hoje que é preciso aprender "as lições da Catalunha" e iniciar no País Basco um processo independentista que deve ser protagonizado pela cidadania e através de meios civis e democráticos.
Os catalães vão votar no referendo no próximo domingo, apesar das medidas de polícia tomadas pelo governo espanhol para o impedir, garantiu hoje um membro do governo regional da Catalunha à AFP.
A polícia catalã está preocupada com as instruções do ministério público para selar, até sábado, as escolas escolhidas como locais de voto no referendo de 01 de outubro, por temer que tal medida desencadeie perturbações da ordem pública.
A Procuradoria-geral da Catalunha deu instruções à polícia regional da região para selar antes de sábado as escolas designadas como assembleias de voto do referendo de domingo considerado ilegal por Madrid e impedir que se vote num raio de 100 metros.