O Governo vai criar regimes excecionais para que os funcionários públicos, em especial bombeiros, possam dedicar-se integralmente às operações relacionadas com o combate e consequências dos incêndios e admite acionar o fundo de solidariedade europeu.
Sete homens foram detidos entre sábado e a madrugada de hoje, suspeitos da prática do crime de incêndio florestal, nas regiões de Leiria, Castelo Branco, Porto e Braga, revelou a Guarda Nacional Republicana (GNR).
A situação de calamidade, hoje decretada pelo Governo em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias, é o nível máximo de intervenção previsto na Lei de Bases da Proteção Civil.
O incêndio que começou no domingo à noite na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, destruiu cerca de 300 hectares de floresta, mato e terrenos agrícolas, disse hoje o presidente da Câmara.
A presidente da Comissão Europeia defendeu que é preciso financiar a “necessidade crescente de adaptação e reparação” face a fenómenos meteorológicos adversos que provocam incêndios como os que assolam Portugal.
Em notas separadas, a PJ anunciou a detenção de duas suspeitas pela presumível autoria de crimes de incêndio florestal. Em ambos os casos, a rápida intervenção de populares e bombeiros impediu danos maiores.
Uma alternativa às estradas cortadas é o avião. Mas para quem precisa mesmo de fazer o percurso Lisboa-Porto, os preços esta terça-feira, só de ida, são equivalentes a muitas viagens ida e volta para outros países.
Mais de 5.000 operacionais e 21 meios aéreos estão hoje de manhã envolvidos nas operações de combate e rescaldo dos incêndios que desde domingo provocaram quatro mortos e 40 feridos, obrigando a deslocar uma centena de pessoas por prevenção.
Meios insuficiente, terrestres e aéreos, e o vento forte são as grandes preocupações sentidas hoje no combate aos três incêndios rurais que "estão descontrolados" no concelho de Vila Pouca de Aguiar, disse o comandante dos bombeiros locais.
O incêndio que começou às 16:00 de segunda-feira nos arredores da cidade de Coimbra entrou hoje de manhã em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil.
As chamas no distrito de Aveiro e noutros locais de Portugal estão a motivar cortes nas autoestradas e outras estradas nacionais, com as autoridades a apelarem aos automobilistas para não circulem nas zonas dos fogos.
A Estrada Nacional 2 (EN2) reabriu entre a Carrica e Vila Pouca de Aguiar, mas permanece cortada até Pedras Salgadas, assim como a Autoestrada 24 até São Tomé do Castelo devido aos incêndios.
Pelo menos 27 incêndios continuavam ativos em Portugal continental esta madrugada, disse à Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Uma idosa que tinha a casa numa zona de fogo em Almeidinha, Mangualde, morreu durante a noite de doença súbita, elevando para quatro o número
Mais de uma centena de concelhos sobretudo das regiões Norte e Centro mantêm-se hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o IPMA, que colocou oito distritos do continente sob aviso amarelo.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse hoje que foram registados 12 incêndios considerados significativos, depois de o Governo ter declarado Situação de Alerta para todo o território do continente.
Exceção no concelho para o Palácio Nacional da Vila de Sintra e o Palácio Nacional de Queluz que permanecem abertos ao público durante este período, sem qualquer alteração ao seu funcionamento habitual.
Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio rural, os Ministros da Administração Interna, da Defesa Nacional, da Saúde, das Infraestruturas e Habitação, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Ambiente e Energia
Um incêndio em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, e dois em Fafe (Braga), eram hoje, pelas 11:00, os mais preocupantes do país, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Uma dezena de meios aéreos e numerosos meios terrestres conseguiram estabilizar grande parte do perímetro do incêndio florestal que deflagrou esta madrugada em La Tejera, na fronteira entre a província de Zamora e Portugal.
As regiões a norte do rio Tejo e o Alto Alentejo vão estar em alerta vermelho quanto ao combate a incêndios na segunda e terça-feira, face às previsões meteorológicas, disse hoje a Proteção Civil.
Nove incêndios estavam em curso pelas 17:45 no continente, sendo os mais significativos o da Caranguejeira, Leiria, e de Oliveira de Azeméis, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A proteção civil disse hoje à Lusa que está dominado um dos dois incêndios que deflagraram ao final da tarde de sábado no distrito de Bragança, em área de mato e sem afetar zonas habitacionais.
O incêndio que deflagrou hoje à tarde em Alcabideche, no concelho de Cascais, foi dado como dominado e causou 14 feridos ligeiros e obrigou à retirada de 30 cavalos de um centro hípico, indicou a Proteção Civil.