Um porta-voz do Comando Sub-Regional de Viseu Dão Lafões da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse que 199 operacionais e 59 meios terrestres permaneciam na zona de Soutelo, freguesia de Mões, por volta das 05:45.
Uma redução significativa em comparação com o final da tarde, altura em que cerca de 400 operacionais, 125 meios terrestres e quatro meios aéreos ainda estavam a combater o incêndio, já então em fase de resolução.
Em Castro Daire, um casal de emigrantes na Suíça, que tinha regressado à terra natal para investir em produção agrícola, viu a sua propriedade de 55 hectares ser devastada pelo fogo, perdendo maquinaria e 120 cabras serranas, uma raça autóctone transmontana, que eram o sustento da família, estando cada uma avaliada em cerca de 300 euros.
O fogo em Castro Daire é o único significativo assinalado na página oficial da ANEPC na Internet, após todos os grandes incêndios que lavraram nas regiões norte e centro ao longo dos últimos dias tinham sido dados como dominados.
Num ponto de situação ao início da tarde de sexta-feira, o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, já tinha antevisto uma desmobilização de meios ao longo do dia.
Sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo, sobretudo, as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.
A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 124 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e na sexta-feira cumpriu-se um dia de luto nacional em memória das vítimas.
Os incêndios, que começaram no domingo, obrigaram também ao corte de estradas e autoestradas e ao fecho de escolas.
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