Num blogue da empresa o vice-presidente de infraestruturas da rede social Facebook, Santosh Janardhan, afirmou que os serviços não ficaram inativos por atividade maliciosa. Foi por “um erro causado por nós próprios”, disse.
O “apagão” do Facebook e das suas plataformas Instagram, WhatsApp e Messenger começou minutos antes das 14:00 TMG (15:00 em Portugal) de segunda-feira e deixou sem serviço milhões de pessoas em todo o planeta.
Horas mais tarde o próprio administrador e co-fundador da rede social, Mark Zuckerberg, pediu publicamente desculpas.
Segundo a empresa de Menlo Park, cidade da Califórnia, os esforços que têm sido feitos nos últimos anos para proteger os sistemas de possíveis ataques externos foram uma das causas que fizeram demorar o tempo de resposta para resolver o problema.
"Acredito que se o preço a pagar por uma maior segurança do sistema no dia-a-dia é uma recuperação mais lenta dos serviços, vale a pena", disse Santosh Janardhan no blogue.
A quebra do Facebook e das restantes aplicações levou o Telegram, um serviço de mensagens instantâneas (como o WhatsApp) a receber mais de 70 milhões de novas adesões, disse hoje o fundador da rede, o russo Pavel Dourov.
O número de 70 milhões, em apenas um dia, levou o responsável a dizer que foi “um aumento recorde no número de adesões” e que estava orgulhoso da equipa que soube lidar com esse crescimento sem precedentes.
Na segunda-feira o serviço de mensagens Telegram passou de 56.º para 5.º lugar das aplicações gratuitas mais descarregadas nos Estados Unidos, segundo a empresa especializada SensorTower.
Outras redes como o Twitter também viram um maior afluxo de utilizadores.
"Gostaria de dizer o seguinte aos nossos novos utilizadores: bem-vindos ao Telegram, o maior serviço de mensagens independente do mundo. Não vos desapontaremos quando outros o fizerem", garantiu hoje Pavel Dourov.
Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Dourov, que criaram anteriormente a popular rede social russa VKontakte, o Telegram afirma fazer da segurança a sua prioridade e recusa-se geralmente a colaborar com as autoridades, o que levou a tentativas de bloqueio em alguns países, nomeadamente na Rússia.
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