De acordo com informação da Angola Cables consultada hoje pela Lusa, o navio René Descartes, de bandeira francesa, atracou em 04 de fevereiro em Fortaleza, transportando o SACS (South Atlantic Cable System), que ligará Angola ao Brasil.
A embarcação saiu de Luanda em 26 de dezembro e o cabo submarino é colocado a uma profundidade de 1,5 metros em águas rasas e 7.000 metros em alto mar, para evitar a danificação do cabo submarino na circulação constante de navios e recursos marinhos.
A última fase deste projeto arrancou em julho último e visa a melhoria e redução dos custos das telecomunicações.
O projeto governamental, em parceria com a empresa Angola Cables, o consórcio responsável pela obra, visa a instalação de uma ligação de comunicações submarinas, denominada Sistema de Cabo Atlântico Sul (SACS), que vai ligar Angola e o Brasil, e posteriormente o Brasil e os Estados Unidos, designando-se Cabo das Américas (CA).
De acordo com a Angola Cables, o cabo SACS deverá entrar em funcionamento durante o primeiro semestre de 2018.
Com 6.200 quilómetros de extensão, o cabo liga Luanda (Angola) a Fortaleza (Brasil), sendo composto por quatro pares de fibra, com uma capacidade de transmissão de dados de 40 Tbps (terabits por segundo).
A Lusa noticiou anteriormente que o ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, aprovou, em fevereiro de 2016, uma garantia soberana de 260 milhões de dólares (232,7 milhões de euros) para financiar a instalação, pela Angola Cables, de um cabo submarino de fibra ótica entre África e América.
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