O grupo norte-americano pediu desculpa mais tarde, invocando um “erro”.
A associação, a Cancerfonden, publicou uma carta aberta dirigida ao Facebook para denunciar a supressão desse vídeo e indicou à agência de notícias AFP não ter conseguido chegar à fala com um representante da empresa para mostrar o seu ponto de vista.
“Achamos incompreensível e estranho que tenham percecionado uma campanha de informação médica como ofensiva”, afirmou a porta-voz da Cancerfonden, Lena Biörnstad.
O vídeo mostrava imagens animadas de mulheres a palparem, com movimentos circulares, os seios, para explicar como devem verificar nódulos suspeitos, uma medida recomendada na prevenção do cancro da mama.
“Trata-se de informações que salvam vidas, o que, na nossa opinião, é essencial”, frisou a mesma responsável.
“Lamentamos muito. A nossa equipa trata de milhões de imagens publicitárias semanalmente e em certos casos interditamos publicidades incorretamente”, reagiu um porta-voz da rede social, numa resposta por e-mail à AFP.
“Pedimos desculpa pelo erro e vamos informar o anunciante que nós aprovaremos as suas publicidades”, disse.
Oficialmente, o Facebook, que conta com 1,7 mil milhões de utilizadores, bane a nudez sem exceção.
No mês passado, a rede social causou alvoroço ao censurar, incluindo da página da primeira-ministra norueguesa, a célebre imagem de uma jovem vietnamita nua queimada por napalm.
O episódio, revelado pela própria primeira-ministra Erna Solberg, foi o culminar de uma polémica que durou dias, depois de o Facebook ter decidido bloquear temporariamente a conta do escritor norueguês Tom Egeland por difundir a mesma imagem.
Na foto, que valeu ao repórter Nick Ut um Pulitzer, aparece uma jovem vietnamita de nove anos a correr nua enquanto foge de um bombardeamento de napalm da aviação norte-americana em 1972, durante a guerra naquele país do sudeste asiático.
O Facebook reverteu depois a sua decisão, na sequência da onda de indignação, permitindo a divulgação da histórica fotografia da guerra do Vietname.
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