Disponível em mais de 60 línguas, este Portal da Juventude conta com guias para uma utilização em segurança das ferramentas da rede social, com dicas para quem precisa de uma sabática de Internet e até testemunhos de outros adolescentes e jovens.

Na vertente educativa, este novo portal informa os mais jovens sobre como tirar, em segurança, o melhor partido de alguns dos produtos mais populares da rede social, como Páginas, Grupos, Eventos ou mesmo o Perfil.

Além disso, a rede social pretende tornar claro todo o tipo de dados que o Facebook recolhe e como os utiliza, bem como apresentar testemunhos de jovens sobre como estão a usar a tecnologia.

Ao nível da segurança, este portal tem o objetivo de ajudar os mais jovens a controlar a sua experiência na rede social, pelo que as dicas recaem sobre como gerir ligações, denunciar conteúdo, limitar a visibilidade das partilhas e controlar que informação pode ser usada por anunciantes.

Além disso, o Portal da Juventude pretende ser um canal para explorar novas formas de fazer chegar informações relevantes aos jovens que têm presença na rede social, como por exemplo, direcionar estes utilizadores para o Hub de Prevenção de Bullying.

Para criar este portal o Facebook falou com adolescentes no Reino Unido, Itália, Estados Unidos e Brasil, para além de recolher feedback em eventos como os workshops do Dia da Internet Segura, em São Paulo, do fórum juvenil #WeMatter, no Canadá, e das conferências de Global Safety Network.

O lançamento do Portal da Juventude acontece depois de se saber que o Facebook suspendeu até ao momento cerca de 200 aplicações, naquela que é a primeira ronda de revisão às apps que acederam a grandes quantidades de dados de utilizadores.

A imagem do Facebook sofreu graves danos quando rebentou, em meados de março, o escândalo Cambridge Analytica, empresa que teve acesso, em 2014, a dados do Facebook e que usou essa informação para criar um programa informático destinado a influenciar as decisões dos membros da rede social.

A empresa terá colaborado com a equipa do atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na campanha para as eleições de 2016.

Estima-se que a Cambridge Analytica tenha acedido a dados pessoais de 87 milhões de utilizadores da rede Facebook sem consentimento.

Ferozmente criticado e acusado de negligência na proteção dos dados pessoais dos utilizadores da rede social, Mark Zuckerberg pediu várias vezes desculpa, nomeadamente no Congresso norte-americano, que lhe pediu também satisfações sobre a outra questão que desde o ano passado afeta o grupo, as ‘fake news’ (notícias falsas) e outros esquemas de manipulação política que pululam na plataforma com 2,2 mil milhões de utilizadores, mas Zuckerberg reiterou a intenção de continuar à frente do grupo.

A Cambridge Analytica fechou portas em maio deste ano, na sequência do escândalo, justificando o encerramento com falta de clientes e aumento de custos legais.


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