"Estas aplicações continuam disponíveis em todos os demais mercados, onde fazemos negócios", acrescentou a empresa, sem especificar as leis chinesas que terão sido violadas.
No entanto, a abolição da aplicação não se limita exclusivamente à App Store, visto que também se encontra indisponível para 'download' para dispositivos Android.
Esta proibição faz com que a plataforma da Microsoft faça agora parte de uma longa lista negra na China, num ano em que o seu Governo reforçou o controlo na Internet, obrigando as empresas, entre outros pontos, a alojar os seus dados no país.
Em outubro, durante o Congresso do Partido Comunista que consolidou o poder do presidente chinês, Xi Jinping, o serviço de mensagens WhatsApp também foi afetado. Quer no caso do Skype, quer no do WhatsApp, ambas as aplicações permitem uma comunicação encriptada que condiciona a monitorização do governo.
Meses antes, em agosto, a Apple retirou da App Store chinesa as aplicações que oferecem VPN (Virtual Private Network ou rede privada virtual) que permitem ter acesso a sites bloqueados pelas autoridades.
"Gostaríamos de não ter que retirar as aplicações, mas, assim como em outros países, cumprimos as leis do lugar onde fazemos negócios", declarou na altura o presidente da Apple, Tim Cook.
O WhatsApp, que ao encriptar as suas mensagens dificulta a monitorização de terceiros, é utilizado na China por dissidentes e ativistas, como forma de evitar os serviços de mensagens domésticos, obrigados a partilhar informação com o regime.
Desde de que ascendeu ao poder, em 2012, o Presidente chinês defende a noção de um “ciberespaço soberano”, ou o direito de Pequim de ditar o que os 730 milhões de internautas podem fazer ou ver na rede.
Por: Dan Martin da agência AFP
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