O inquérito, promovido pela empresa de segurança informática Kaspersky Lab e desenvolvido pela Opinion Matters, envolveu 5.000 crianças, com idades entre os 10 e os 15 anos, residentes na Alemanha, França, Espanha, Itália e Benelux.
Divulgado no dia em que se assinala o Dia da Internet Segura, o estudo salienta que “o crescente número de ameaças que as crianças encontram online está agora a ter efeitos negativos”, com 67% das crianças “a admitirem que têm medo ou ficam preocupados quando estão online”.
Os dados revelam que 29% das crianças disseram ter medo que um desconhecido as possa intimidar, enquanto 23% confessaram ter receio de que um desconhecido lhes peça para fazer algo com o qual não estão confortáveis.
Já 22% receia que um desconhecido lhes peça para fazer alguma coisa ilegal e 21% teme que pessoas desconhecidas consigam aceder a informações que colocaram online mesmo depois de as terem apagado.
Quando questionadas sobre se têm consciência de que as suas atividades online lhes podem causar problemas com os seus colegas, uma em cada quatro crianças (41) admitiu arrependimento relativamente a publicações que possam ter afetado amigos ou outras pessoas.
“As vantagens de as crianças estarem online e conectadas são muitas. Por isso, é fácil esquecermo-nos de que crianças e jovens são por si só vulneráveis e que se podem expor a perigos, tendo ou não consciência disso, na utilização da Internet e dispositivos conectados”, afirma o diretor-geral da Kaspersky Lab Iberia, Alfonso Ramirez, em comunicado.
E os perigos existem desde brinquedos que podem ser ‘hackeados’, a assédios em plataformas de jogos como ‘Minecraft’, refere a Kaspersky Lab, que deixa alguns conselhos para garantir a segurança online das crianças.
Recomenda também que pais, professores e a própria indústria trabalhem em conjunto para criar um ambiente seguro para as crianças, para que estas possam aprender e explorar online, de forma a não terem medo ou estarem preocupadas quando ligadas à Internet.
Falar com as crianças sobre possíveis perigos, encorajá-las a falar sobre as suas experiências online, principalmente aquelas que as fizeram sentir desconfortáveis ou ameaçadas, e definir regras claras sobre o que podem e não podem fazer online e explicar o porquê das mesmas terem sido impostas são alguns conselhos deixados no estudo.
Recomenda ainda que seja utilizado um ‘software’ de Controlo Parental para estabelecer quanto tempo (e quando) podem estar online, que conteúdos devem ser bloqueados e que tipo de atividades deve ser bloqueado (chat rooms, fóruns, ou outros).
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