“Trata-se de um sistema que não está certificado no nosso país, por isso não pode ser fornecido oficialmente aqui e não é fornecido oficialmente”, disse aos jornalistas o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
“Consequentemente, não pode ser utilizado de forma alguma”, acrescentou.
Elon Musk, empresário natural da África do Sul com nacionalidade norte-americana, proprietário da Starlink, negou no domingo que o sistema tenha sido fornecido a Moscovo.
“É totalmente falso. Tanto quanto sabemos, nenhum terminal Starlink foi vendido direta ou indiretamente à Rússia”, declarou na rede social X, de que é proprietário.
Hoje, a Ucrânia reiterou a mesma acusação que divulgou no domingo.
“Através de países terceiros, a Starlink está livremente disponível na Rússia. Em comparação com o ano passado, a utilização do Starlink pelo Exército russo na linha da frente tornou-se mais sistemática e bem regulamentada”, declarou Andri Youssov, porta-voz de um dos departamentos dos serviços de informações militares da Ucrânia.
“Foram registados casos de utilização destes dispositivos por ocupantes russos”, acusou.
De acordo com a agência noticiosa ucraniana UNIAN, as interceções de rádio estabeleceram que as unidades russas estacionadas perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia, “começaram a utilizar massivamente o Starlink na linha da frente”.
A Starlink é uma rede constituída por dois mil pequenos satélites de baixa altitude ligados a terminais terrestres que geram acesso sem fios à internet.
Desde o início da invasão russa na Ucrânia, há dois anos, a empresa de Elon Musk, SpaceX, entregou a Kiev vários milhares de terminais.
Esta rede é essencial para as comunicações do Exército ucraniano.
Atualmente as relações entre a Ucrânia e Elon Musk são complexas: Kiev agradeceu a instalação dos satélites mas depois demonstrou indignação quando o empresário sugeriu que o país devia ceder território para alcançar a paz.
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