Esta é a 5ª edição da Lisbon Investment Summit. Quem entra no Hub Criativo do Beato percebe o ritmo de quem vive entre investimentos e startups: acelerado, em movimento. Pessoas correm de um lado para o outro. Chegam os últimos oradores para painéis que estão quase a começar. Uns querem mostrar projetos — estão presentes 750 startups —, outros procuram quem invista em ideias. São esperados cerca de dois mil participantes durante dois dias. Desses, 200 são investidores.

A sessão inaugural começou com Pedro Rocha Viera, CEO da Beta-i, e Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que apresentaram o evento e aquilo que se espera para este ano. À entrada, em letras grandes, o lema destes dois dias, para quem quer que por aqui passe: #nobullshit.

E é precisamente disso que fala Felix Petersen, diretor-geral da Samsung NEXT e um dos oradores que ocupam o palco 2 — The Warehouse. Traz sugestões sobre criar startups e ser empreendedor em 2018 e não tem ‘papas na língua’.

“Os custos para criar uma startup hoje em dia são basicamente zero. É mais barato do que nunca, tudo aquilo de que se precisa é praticamente gratuito”, começa por dizer.

A plateia mostra entusiasmo com a premissa. Todavia, nem tudo é assim tão simples. Se agora é fácil começar, não é assim tão fácil continuar. “Agora é mais difícil do que nunca ser bem-sucedido. Os custos de entrada são nulos, mas os custos para vingar estão a crescer”, completa Felix Petersen.

O espaço temporal analisado mostra a evolução no setor. Entre 1999 e 2011 foi a época difícil para o nascimento de startups, mas a partir daí tudo mudou. Quem conseguiu entrar tem “uma boa oportunidade para vencer”. Mas tem de dar passos concretos e saber o que vai enfrentar.

Hoje, toda a gente está a competir por alguma coisa. E, por isso, é cada vez mais importante saber o que se quer construir à partida. Para o diretor-geral da Samsung Next, o importante é “construir um negócio e não algo que se baseia no lifestyle” de cada um. É preciso olhar para fora e “fazer aquilo que mais ninguém consegue fazer”, jogando assim para atingir o sucesso. E isso só se faz “calculando bem o próximo passo”, diz.

No fim, Petersen não quer deixar certezas, mas sim perguntas. Porque também são elas que fazem crescer. E, porque é preciso pensar, a questão que fica pode incomodar mas é aquela que vai permitir melhores negócios: “Então, o que quer construir?”. Vamos falar de bons negócios ou de ideias pessoais aplicadas só por uma questão de gosto?

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