A Caixa Económica Montepio Geral (CMEG) arranca, a partir de setembro, com um programa de aceleração de inovação social.
Reforçando a aposta no empreendedorismo, através do Montepio Social Tech, a instituição bancária vai apostar em 12 startups que atuem na área da economia social. O melhor projeto receberá um prémio de 10 mil euros.
“Existia pouco empreendedorismos neste setor em contraponto a outros que ganharam uma certa bolha” pelo que o objetivo é “puxar pelos empreendedores para olharem para a economia social”, referiu, Fernando Amaro - Diretor da CEMG para a Economia Social e Setor Público, à margem da apresentação do programa.
O responsável do Montepio acredita que “o empreendedorismo social pode trazer à economia social toda uma nova forma de estar, pensar e de atuar”. Nesse sentido, a ideia passa “por criar um processo de inovação utilizando a tecnologia em prol do social”, beneficiando, assim, duas áreas: “os empreendedores” e contribuir para a “evolução da economia social”, sustentou.
“Pode passar pelo desenvolvimento de robótica e pela melhoria de equipamentos para os beneficiários ou de inovação ao nível do software e tecnologia que visa melhoria de gestão das próprias instituições de solidariedade social”, exemplificou.
12 semanas para incubar, acelerar e apresentar um projeto para o bem de todos
Ao Montepio Social Tech podem candidatar-se todas as 'startup', independentemente da sua fase de desenvolvimento, bastando preencher um formulário até ao próximo dia 3 de setembro.
Dos candidatos serão selecionados 12 projetos. “Iremos juntar todos os empreendedores com os atores da economia social, permitindo que, no fim, possam ter aplicação no terreno e possam ajudar efetivamente a economia social”, reforçou Fernando Amaro.
A seleção obedece a critérios de escolha como o nível de compromisso, o conhecimento e potencial de geração de receitas do projeto e o impacto social que trará. “Programa requer exigência e compromisso”, sublinhou.
O programa de incubação desenvolve-se no parceiro Impact Hub Lisbon, formação (IES - Social Business School) e aceleração (Laboratório de Investimento Social) arranca a 19 de setembro e terá a duração de 12 semanas. Culminará no Demo Day e numa sessão de pitch a investidores.
Entre as 12 equipas, estão participantes quer do hackaton Hack for Good (Fundação Calouste Gulbenkian) quer do programa Santa Casa Challenge (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), ambas as instituições integram a lista de parceiros onde também se incluem, a Microsoft, Deloitte, Universidade Católica e Universidade do Porto.
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