“Nós colaboramos ativamente com as autoridades. Nós estamos proativamente em contacto com as autoridades sempre que necessitam de informações relativamente a anúncios publicados”, indicou David Mota, em declarações à agência Lusa.

O responsável explicou que a OLX tem políticas muito restritas em relação à publicação de anúncios de caráter criminoso, salientando que a plataforma tem uma equipa de revisão de qualidade.

“O nosso ‘site’ é muito restrito à publicação destes anúncios. Mesmo que as nossas plataformas de inteligência artificial possam não os captar, nós temos uma equipa de pessoas de combate e revisão de qualidade dos anúncios a trabalhar", referiu.

De acordo com David Mota, os anúncios de venda de armas só poderão ser publicados através de aprovação humana.

“Nós temos filtros bastante rígidos. ’Keywords' [palavras-passe] que são usadas para capturar este tipo de anúncios. Imaginando que consigam passar, nós temos uma equipa de fraude e qualidade”, precisou, sublinhando que este tipo de anúncio “só vai para o ar se houver uma aprovação humana”.

David Mota lamentou ainda o facto de a OLX ser quase sempre referenciada pelas autoridades quando saem notícias sobre venda de armas em plataformas na Internet.

“Este tipo de notícias quando saem, por parte da PSP, apenas é partilhado que estes tipos de situações criminosas acontecem em plataformas eletrónicas, tal como o OLX. O OLX é dado como referência por ser um espaço de venda de artigos em segunda mão”, disse.

As declarações de David Mota acontecem após várias armas e munições terem sido apreendidas na quarta-feira na sequência de buscas nos distritos de Lisboa e Setúbal e no âmbito da operação “TELUM”, que visa o combate à venda destes artigos na Internet, segundo a PSP.

Em comunicado, a PSP adiantou que o departamento de Armas e Explosivos da Direção Nacional realizou na quarta-feira uma operação que visou a recolha da prova material para o desenvolvimento de uma investigação criminal relacionada com a venda 'online' de armas proibidas, que durou seis meses.

Na quarta-feira, foram executados 12 mandados de busca, três domiciliários e nove não domiciliários nos distritos de Lisboa e Setúbal.