“O STPT exorta publicamente os investidores portugueses a reunirem-se e a fazerem uma oferta firme para aquisição da Altice Portugal”, informou o sindicato, em comunicado enviado às redações.
Adicionalmente, o STPT deu nota de que pediu uma reunião com a maior brevidade ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para saber qual a posição do novo Governo relativamente ao tema, salientando a “relevância da Altice Portugal para a segurança e defesa nacional” e o “direito de oposição do Governo e da própria União Europeia a determinados negócios de alienação de empresas de telecomunicações, dada a sua importância para a soberania nacional e para o desenvolvimento tecnológico dos países”.
O sindicato apontou que “o processo da venda da Altice Portugal ‘derrapou’ à espera da posição do novo Governo” e pretende saber se o executivo de Montenegro “tem reservas aos candidatos já conhecidos, que se preparam para a compra da empresa”, numa altura em que está ainda em aberto a oferta para o negócio.
“O STPT, preocupado com o futuro da empresa para os interesses e estabilidade de milhares de trabalhadores e para a segurança da defesa nacional e do aprovisionamento do país em serviços fundamentais, considerando o STPT um grave risco que a Altice Portugal venha a ser comprada por interesses alheios ao desenvolvimento económico e estratégico de Portugal”, frisou na mesma nota.
Em 04 de março, a poucos dias das eleições legislativas que deram a vitória à Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), a estrutura sindical reuniu-se com o então secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, que disse que o Governo se mantinha “atento” à possível venda da Altice Portugal.
Naquela ocasião, o sindicato referiu que o governante disse que não havia até ao momento “qualquer informação oficial sobre a venda da Altice Portugal”.
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