Uma das decisões finais da administração de Donald Trump esta semana consistiu em declarar que as políticas e ações da China face aos muçulmanos e outras minorias na região do Xinjiang (noroeste) constituem “crimes contra a humanidade” e “genocídio”.
O principal motivo da declaração relaciona-se com o controlo da natalidade imposto aos uigures, indica a agência noticiosa Associated Press (AP).
Outro motivo citado consiste no trabalho forçado dos uigures, que a AP relacionou em anterior reportagem a diversos produtos importados para os Estados Unidos, incluindo vestuário e componentes eletrónicos, em particular câmaras e monitores de computador.
Em 07 de janeiro, o Twitter disse que o ‘tweet’ da embaixada chinesa violava a política da rede social sobre desumanização.
De acordo com esses pressupostos, é proibida “a desumanização de um grupo ou pessoas com base na sua religião, casta, idade, incapacidade, doença grave, origem nacional, raça ou etnicidade”.
A conta da embaixada chinesa não emitiu novos ‘tweets’ desde 08 de janeiro. Para desbloquear a conta, a embaixada deveria apagar a mensagem em causa.
A Embaixada da China dos EUA não respondeu a um pedido para comentar esta decisão.
No entanto, na quarta-feira, um dia após o secretário de Estado cessante, Mike Pompeo, ter qualificado de “genocídio” a atuação da China, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês descrever Pompeo como um “palhaço apocalíptico” e indicou que essa designação apenas consiste numa “peça de lixo”.
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