Uma das grandes preocupações destas redes sociais são as publicações em torno do vencedor e da integridade do sistema eleitoral, já que pode podem conter informações erradas.
Por isso, para dar conta de posts que contribuam para espalhar informação não confirmada (ou mesmo falsa), esta terça-feira, os funcionários do centro de operações da Facebook vão trabalhar virtualmente, e com um objetivo: identificar publicações que procurem destabilizar as eleições presidenciais.
Numa publicação desta segunda-feira, o Facebook anunciou que, também no Instagram, a equipa está monitorizar outros assuntos que surjam, como "a atividade potencialmente perigosa que vimos com os autocarros da campanha de Biden este fim-de-semana" - uma referência aos veículos de apoiantes de Trump, que rodearam os de Biden e que levaram ao cancelamento dessa parte da campanha.
E acrescenta: "Estamos a monitorizar de perto e vamos remover conteúdos que apelem a ações coordenadas perigosas ou interferências com a capacidade de alguém votar".
O visual da aplicação Facebook também vai estar diferente esta terça-feira nos EUA. A empresa planeia adicionar uma notificação ao topo do Feed, a página principal, a informar os utilizadores de que nenhum vencedor foi escolhido até os resultados das eleições serem verificados por agências noticiosas, como a Reuters e a Associated Press. Tudo isto também, para prevenir que candidatos anunciem a sua vitória prematura e erradamente.
Tanto o Facebook como o Instagram irá ter a notificação de “Os votos estão a ser contados. O vencedor das eleições presidenciais de 2020 ainda não foi anunciado".
O Twitter quer trabalhar em duas frentes: um grupo de funcionários vai procurar falsas alegações e redes de bots (contas falsas), que espalham informações erradas. A rede social vai fazer isto com o apoio de algoritmos e analistas humanos. Ao mesmo tempo, outra equipa vai destacar informações de confiança nas secções "Explorar" e "Tendências" na sua aplicação.
Rotular os tweets dos candidatos que alegam vitória antes de o resultado ser confirmado é outra estratégia. A regra? Pelo menos dois meios de comunicação terão de avançar independentemente (incluindo Fox, CNN e Associated Press), os resultados antes de um candidato poder usar o Twitter para comemorar a sua vitória, disse a empresa, citada pelo The New York Times.
O Twitter explica, através dos responsáveis da empresa, que mensagens de aviso irão aparecer junto de um tweet que espalhe informação não oficial, dizendo “Fontes oficiais reportam a eleição de forma diferente" ou “Fontes oficiais podem não ter reportado sobre as eleições quando este tweet foi feito".
Mas fica esclarecido que os utilizadores vão continuar a poder referir-se à publicação (interação chamada "quote", mas não deixar um gosto nela, partilhá-la ou responder. Outro detalhe: esses tweets não serão recomendados pela rede social, já que o algoritmo do Twitter encarregar-se-á disso.
Quanto ao YouTube, a plataforma já não permitia vídeos que enganassem os eleitores em matéria de como votar e elegibilidade dos candidatos, mas vai ser especialmente sensível com vídeos que destabilizem a integridade das eleições.
A empresa foi contundente e disse que vídeos como esses seriam eliminados rapidamente - mesmo que pertençam a um candidato presidencial.
À medida a que as urnas encerram, o YouTube terá uma seleção de resultados das eleições ao vivo, a partir do que considera ser fontes de notícias confiáveis.
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