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Alargando o meu conhecimento de k-drama

Não será mentira nenhuma se eu vos disser que comecei a ver esta série única e exclusivamente por causa de “Squid Game”. Esta foi a primeira série coreana que vi do início ao fim e abriu-me os olhos para dar oportunidade a outros conteúdos de k-drama (nome dado a séries de género, da Coreia do Sul) que pudessem estar na Netflix ou noutra plataforma de streaming. De certeza de que não sou o único a quem isto aconteceu.

Foi por isso que comecei a ver “My Name”. Por isso e porque me fez lembrar de um dos primeiros hits de Eminem. Há coisas que não se explicam. Ao contrário de “Squid Game”, esta série apresenta uma narrativa “mais normal”, por assim dizer, na medida em que é uma história de uma jovem a querer vingar o pai assassinado e não o relato de como 456 pessoas se têm de assassinar umas às outras, através de jogos de infância, para ficarem milionárias.

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No primeiro episódio de "My Name", Yoon Ji-woo é uma rapariga de 17 anos a viver uma situação muito difícil. Nos últimos meses, ficou por sua conta porque o pai, que cuidou de si desde sempre, teve de desaparecer da cidade onde viviam, depois de a polícia ter descoberto a sua associação a uma organização criminosa e emitido um mandato de captura. Agora, os dias de Ji-woo são passados entre questionários constantes das autoridades sobre o paradeiro do pai e bullying na escola, onde as notícias das atividades ilegais do pai circularam rapidamente.

Só que esta era uma realidade da qual o pai não estava a par. E, quando se apercebe, decide regressar a casa sabendo todos os riscos que isso acarreta. No entanto, antes mesmo de conseguir entrar em casa, um homem misterioso mata-o a sangue frio, enquanto Ji-woo espreita pelo buraquinho da porta. É uma experiência que a deixa, primeiro, desolada e, em segundo lugar, irritada, quando descobre que a polícia vai arquivar o caso por não haver provas que sugiram um suspeito.

A solução? Juntar-se à organização criminosa à qual o pai pertencia, liderada por aquele que era o seu melhor amigo, que decide acolhê-la. Durante semanas, Ji-woo treina para se tornar literalmente numa versão feminina do John Wick e poder perseguir o homem (ou mulher) que mudou a sua vida. Contudo, a meio do processo, uma nova informação faz com que tenha de repensar o plano com a organização que acolheu: o seu pai foi morto pela arma de um polícia e a única maneira de descobrir quem foi é tornando-se numa inspetora e mudando de nome. Daí o nome para a série, acho eu.

“My Name” não tem a história mais original, mas está muito bem executada e os atores (cujo nome podem encontrar aqui) cumprem muito bem os seus papéis, numa história que não deixa de ter os seus twists e oferecer cenas de ação incríveis. Os oito episódios estão disponíveis na Netflix (tudum).

Podcast Acho Que Vais Gostar Disto

AQVGD Por falar noutra coisa

Quem é este Gandim?

Há quem diga que ele é o "Por Falar Noutra Coisa" mas, quando o tema é sexo, assina como Doutor G. Na comédia, e na vida em geral, é Guilherme Duarte, e no novo episódio do podcast é meu convidado, do João e da Mariana Santos. Tudo porque há uns dias mostrou ao mundo um novo pseudónimo que ‘cospe dicas’ no mundo do rap.

O próprio confessa que não sabe ao certo como classificar o seu novo projeto. "Gandim" é o nome do seu alter ego e, em simultâneo, do seu novo álbum/mixtape, que é uma espécie de coletâneas de “sketches musicais”. Mas para quem segue Guilherme Duarte há vários anos, isto não surgiu como uma surpresa. Os momentos musicais de rap já eram uma tradição nos seus espetáculos de stand up e já tinha mostrado o seu lado gangster  umas quantas vezes nas stories, mas agora foi a sério.

Gandim estreou-se com um álbum composto por 13 músicas versáteis, das quais ainda só conhecemos 7. As restantes vão sair semanalmente até ao final do ano, mas o que já ouvimos bastou para fazer sucesso. Entre as letras, os videoclips, os beats ou as referências a outros nomes do rap, são vários os motivos que levaram o público a dar replay e que tornaram músicas como “Informático” um êxito entre os nerds (e não só).

Mas quem acha que isto tudo é uma brincadeira está enganado. O álbum conta com o contributo e participações de vários nomes relevantes da música portuguesa, como Cálculo e Bárbara Tinoco (e até teve direito a um cameo de Valete).

No novo episódio do podcast falou-se do processo criativo, das críticas e do receio que antecedeu este novo projeto. E, claro, não podíamos deixar de aproveitar a sua presença para tocar num dos temas do momento: a controvérsia com Dave Chapelle.

Ainda sem promessas sobre o futuro de Gandim, Guilherme Duarte confessa que tem vontade de fazer uma tour de concertos no futuro e não rejeita a possibilidade de vir a ser cabeça de cartaz da Queima das Fitas de Coimbra. Será que estamos prontos para ouvir uma audiência a cantar “(Com)sentimento” em uníssono?

- Ouve aqui o nosso podcast e, se também já ouviste as músicas de Gandim, partilha connosco a tua opinião.

- O Guilherme Duarte acha que tu vais gostar: dos concertos de Cálculo e de Bárbara Tinoco. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.

Escapar à realidade

Se tivesse de dar apenas um argumento para veres a série de que te vou falar de seguida, era este: é escrita e produzida por Taika Waititi, o popular realizador por detrás de filmes como “Thor: Ragnarok” e “Jojo Rabbit”.

O seu projeto mais recente chama-se “Reservation Dogs” e, se já estão a pensar que o nome é parecido com o filme clássico de Quentin Tarantino, "Reservoir Dogs", não é por acaso. A série acompanha um grupo de quatro jovens nativo-americanos - Bear, Elora, Cheese e Willie Jack -, que vivem numa reserva no meio de Oklahoma e que planeiam regularmente esquemas para conseguir fazer dinheiro de alguma forma, seja a assaltar uma carrinha cheia de pacotes de batatas fritas, a roubar cobre de postes de eletricidade ou a vender empadas de carne à porta de um centro de saúde.

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No entanto, estes Reservation Dogs não são rufias e o dinheiro que fazem tem um propósito. Recentemente, perderam um amigo, Daniel, que tirou a própria vida, mas que durante anos lhes tinha vendido o sonho de se escaparem daquela vida, indo para a Califórnia. Por isso, tudo o que conseguem é para cumprir esse desejo do amigo e fugirem a uma realidade que lhes parece destinada.

Um mundo onde vão viver o resto da sua vida, sem serem donos da mesma. Um mundo composto por lutas de gangues, nas quais se envolvem porque é a forma de conseguirem ter algum controlo e reputação. Um mundo onde serão sempre vistos como outsiders e onde não terão as oportunidades que merecem, apenas por terem nascido num contexto muito específico.

“Reservation Dogs” é descrita como uma heist comedy, uma expressão americana para filmes divertidos sobre assaltos, mas acaba por ser muito mais do que isso. As piadas aparecem de uma forma nada forçada e servem sempre como um comentário àquilo que aqueles quatro amigos (e as pessoas que os rodeiam) têm de lidar no dia a dia. Pela forma como a história é contada e filmada, em muitas alturas fez-me lembrar “Atlanta”, a série premiada de Donald Glover. E acho que, para qualquer projeto, isso é um ótimo sinal. Vejam a série no Disney+ e digam-me o que acham.

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Esperemos que gostes disto!

Equipa Acho Que Vais Gostar Disto

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